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Pirâmide cripto: PF e MPF deflagram nova operação contra Braiscompany

As ações da Operação Trade-Off acontecem em São Paulo e Aracaju (SE). Braiscompany é investigada por crimes contra o sistema financeiro

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Imagem de dois agentes da Polícia Federal, vestidos com coletes pretos, em operação que investiga a Braiscompany. Eles estão em um escritório. Ao fundo, mesas e cadeiras vazias.
1 de 1 Imagem de dois agentes da Polícia Federal, vestidos com coletes pretos, em operação que investiga a Braiscompany. Eles estão em um escritório. Ao fundo, mesas e cadeiras vazias. - Foto: Divulgação/PF

A Polícia Federal (PF) e o Ministério Público Federal (MPF) deflagraram nesta sexta-feira (21/7) uma nova fase da Operação Halving, que investiga a Braiscompany, empresa de criptoativos suspeita de cometer crimes contra o sistema financeiro.

As ações da Operação Trade-Off – quarta etapa da Halving – acontecem em São Paulo e Aracaju (SE).

De acordo com a PF, o objetivo é investigar suposta lavagem de dinheiro e crimes contra o sistema financeiro e o mercado de capitais que teriam sido cometidos por sócios e colaboradores da Braiscompany.

A PF suspeita que tenham sido movimentados R$ 2 bilhões em criptoativos nos últimos quatro anos, por meio de “pirâmides financeiras”. Por decisão da 4ª Vara Federal da Seção Judiciária da Paraíba, foram bloqueados R$ 136 milhões dos investigados.

Chama-se de pirâmide financeira um esquema irregular e insustentável que gera dinheiro por meio da adesão desenfreada de novos participantes. Pode haver ou não a venda de produtos ou serviços.

Os policiais cumpriram três mandados de busca e apreensão – dois em São Paulo e um em Aracaju. Também foram apreendidos cofres e máquinas de contar dinheiro em endereços ligados aos investigados.

As três fases anteriores da operação da PF ocorreram em fevereiro, abril e maio deste ano.

Fundada em 2018, em Campina Grande (PB), a Braiscompany prometia aos clientes rendimentos de até 9% em operações envolvendo criptomoedas. Em abril, alguns clientes alegaram que haviam tido um prejuízo de US$ 260 milhões.

O caso Braiscompany

Como o Metrópoles mostrou em reportagens publicadas no início do ano, a Braiscompany “aluga” bitcoins de clientes. Os criptoativos ficam custodiados em uma carteira gerida pela companhia. Em troca, ela oferece retornos com taxas que podem variar de 6% a 8% ao mês.

Clientes afirmam que, ao menos desde dezembro de 2022, os depósitos dos rendimentos estão atrasados. O problema pode atingir cerca de 12 mil investidores de todos os portes e um montante de R$ 600 milhões, embora sua real dimensão ainda seja desconhecida.

Desde o fim de janeiro, o Ministério Público da Paraíba (MP-PB) apura denúncias contra a Braiscompany. A análise do MP tomou como base acusações feitas por investidores que não estão recebendo os rendimentos estabelecidos em contrato feitos com a companhia.

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