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PIB cresce 0,8% no primeiro trimestre, dentro da previsão do mercado

Pela ótica da produção, os destaques foram os serviços (1,4%) e a agropecuária (11,3%), enquanto a indústria ficou estável (-0,1%)

atualizado

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
Casal observa vitrine com sapatos em comercio em brasilia
1 de 1 Casal observa vitrine com sapatos em comercio em brasilia - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O Produto Interno Bruto (PIB) cresceu  0,8% no primeiro trimestre de 2024, na comparação com o quarto trimestre de 2023. Pela ótica da produção, os destaques foram os serviços (1,4%) e a agropecuária (11,3%), enquanto a indústria ficou estável (-0,1%). O número ficou dentro do consenso do mercado, que previa exatos 0,8%. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (4/6) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O PIB, que representa a soma dos produtos e serviços finais do país em determinado período, totalizou R$ 2,7 trilhões no primeiro trimestre de 2024. No mesmo período, a taxa de investimento foi de 16,9% do PIB, abaixo dos 17,1% registrados no primeiro trimestre de 2023. Já a taxa de poupança foi de 16,2%, ante 17,5% no mesmo trimestre de 2023.

Em relação ao primeiro trimestre de 2023, o PIB avançou 2,5%. A indústria (2,8%) e os serviços (3,0%) cresceram no período, enquanto a agropecuária (-3,0%) recuou.

Desempenho por atividade

No primeiro trimestre, entre as atividades industriais, houve queda nos setores de eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (-1,6%), construção (-0,5%) e indústrias extrativas (-0,4%). Já a indústria de transformação (0,7%) teve desempenho positivo.

Nas atividades de serviços houve crescimento em comércio (3,0%), informação e comunicação (2,1%), outras atividades de serviços (1,6%), atividades imobiliárias (1,0%) e transporte, armazenagem e correio (0,5%). Permaneceram estáveis os setores de intermediação financeira e seguros (0,0%) e administração, saúde e educação pública (-0,1%).

Despesas

Pela ótica da despesa, a despesa de consumo das famílias (1,5%) e a Formação Bruta de Capital Fixo (4,1%) se expandiram, enquanto a despesa de consumo do governo (0,0%) registrou estabilidade.

Quanto ao setor externo, as exportações de bens e serviços tiveram variação positiva de 0,2% ao passo que as importações de bens e serviços cresceram 6,5%.

Comparação com 2023

Na comparação com o primeiro trimestre de 2023, o PIB cresceu 2,5% no primeiro trimestre de 2024. Nesse caso, entre as atividades, a agropecuária recuou 3,0% em relação a igual período do ano anterior. Apesar da contribuição positiva da pecuária, segundo o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA/IBGE), alguns produtos agrícolas, cujas safras são significativas no primeiro trimestre, apresentaram queda na estimativa de produção anual e perda de produtividade: soja (-2,4%), milho (-11,7%), fumo (-9,6%), e mandioca (-2,2%).

A Indústria cresceu 2,8% em um ano

As indústrias extrativas (5,9%) registraram o melhor resultado, sendo afetadas pela alta tanto da extração de petróleo e gás como de minério de ferro. Houve destaque também na atividade de eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (4,6%), com destaque para o consumo residencial.

A construção (2,1%), por sua vez, teve a segunda alta consecutiva, corroborada pelo aumento da ocupação na atividade e da produção dos insumos típicos. A indústria de transformação (1,5%) teve o menor crescimento nessa comparação, puxada pela alta na fabricação de coque e produtos derivados de petróleo e biocombustíveis; produtos alimentícios e bebidas.

Serviços

O setor de serviços avançou 3,0% ante o mesmo período de 2023, com altas em todas os segmentos: outras atividades de serviços (4,7%), informação e comunicação (4,6%), atividades imobiliárias (3,9%), comércio (3,0%), atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (2,5%), administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (1,3%), Transporte, armazenagem e correio (0,4%).

No primeiro trimestre de 2024, tanto a Despesa de Consumo das Famílias (4,4%) quanto a Despesa de Consumo do Governo (2,6%) tiveram alta ante o primeiro trimestre de 2023.

Investimento

A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), que registra o nível de investimento em ativos, avançou 2,7% no primeiro trimestre de 2024, apresentando alta após três quedas consecutivas. O crescimento das importações de bens de capital, o desempenho positivo da construção e o aumento do desenvolvimento de sistemas suplantaram a queda na produção interna de bens de capital.

No setor externo, as exportações de bens e serviços apresentaram alta de 6,5%, enquanto as importações avançaram 10,2% no primeiro trimestre de 2024.

Alta de 2,5% em quatro trimestres

O PIB acumulado nos quatro trimestres terminados em março de 2024 apresentou crescimento de 2,5% em relação aos quatro trimestres imediatamente anteriores. Essa taxa resultou do avanço de 2,6% do Valor Adicionado a preços básicos e de 2,0% nos Impostos sobre Produtos Líquidos de Subsídios. O resultado do Valor Adicionado neste tipo de comparação decorreu dos seguintes desempenhos: agropecuária (6,4%), indústria (1,9%) e serviços (2,3%).

Dentre as atividades industriais, as indústrias extrativas (8,2%) e eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (5,9%) apresentaram crescimento, enquanto a construção (-0,3%) e a indústria da transformação (-0,6%) recuaram.

Nos serviços, houve resultados positivos em todas as atividades: atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (5,7%), atividades imobiliárias (3,2%), outras atividades de serviços (2,7%), informação e comunicação (2,3%), transporte, armazenagem e correio (1,6%), administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (1,3%) e comércio (1,0%).

Na análise da demanda, houve altas na despesa de consumo das famílias (3,2%) e na despesa de consumo do governo (2,1%), e queda na Formação Bruta de Capital Fixo (-2,7%).

No setor externo, as exportações de bens e serviços cresceram 9,0%, enquanto as importações apresentaram elevação de 0,8%.

 

 

 

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