PF faz busca e apreensão em empresa de criptomoedas Braiscompany
Ação ocorre em três endereços da companhia, na Paraíba e em SP. Suspeita é de crimes contra o sistema financeiro e o mercado de capitais
atualizado
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A Polícia Federal realizou, na manhã desta quinta-feira (16/2), uma operação de busca e apreensão em três endereços ligados à empresa paraibana de investimentos em criptomoedas Braiscompany. As ações ocorreram na sede da companhia, em um condomínio fechado, em Campina Grande, além de duas filiais, em João Pessoa e em São Paulo.
A Braiscompany “aluga” bitcoins de clientes. Os criptoativos ficam custodiados em uma carteira gerida pela companhia. Em troca, ela oferece retornos com taxas que podem variar de 6% a 8% ao mês.
Clientes afirmam que, ao menos desde dezembro de 2022, os depósitos dos rendimentos estão atrasados. O problema pode atingir cerca de 12 mil investidores de todos os portes e um montante de R$ 600 milhões, embora sua real dimensão ainda seja desconhecida.
De acordo com a PF, nos últimos quatro anos, foram movimentados cerca de R$ 1,5 bilhão em criptomoedas, em contas vinculadas aos sócios da Braiscompany. Nesta quinta, foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão e dois de prisão temporária, mas os sócios da empresa não foram encontrados. A operação foi batizada de Halving (processo em que novas unidades de criptomoeda são geradas).
Desde 26 de janeiro, o Ministério Público da Paraíba (MPPB) apura denúncias contra a Braiscompany. A análise do MP tomou como base acusações feitas por investidores que não estão recebendo os rendimentos estabelecidos em contrato feitos com a companhia.