Petrobras pode pagar US$ 4 bilhões em dividendos adicionais, diz Goldman Sachs
Estimativa consta em relatório divulgado nesta terça-feira (8/8). Total distribuído aos acionistas pode somar US$ 24 bilhões em 2023
atualizado
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A Petrobras pode pagar US$ 4 bilhões em dividendos extraordinários a seus acionistas em 2023. Isso por conta da forte geração de caixa e da quantidade reduzida de investimentos que a companhia tem condições de executar até o fim do ano. A estimativa foi feita pelo Goldman Sachs, em relatório divulgado nesta terça-feira (8/8).
O documento do banco foi assinado pelos analistas Bruno Amorim, João Frizo e Guilherme Costa Martins. Eles afirmam que há um temor no mercado em torno do pagamento de uma remuneração adicional aos acionistas. Mas alertam que a diretoria da estatal já admitiu que tal possibilidade.
Os analistas também argumentaram que o governo, o principal acionista da estatal, está em busca de ampliar a arrecadação. Caso a Petrobras distribua toda a geração de caixa em dividendos extraordinários, os US$ 4 bilhões, algo que resultaria num retorno adicional de 5%, ela chegará a um pagamento total de US$ 24 bilhões no ano.
O Goldman Sachs tem recomendação de compra para as ações da Petrobras, com preço-alvo em US$ 18,30 para os recibos de ação (ADRs), negociados na Bolsa de Nova York (Nyse).
Na quinta-feira (3/8) a Petrobras divulgou o balanço financeiro da companhia. Soube-se que a empresa registrou um lucro líquido de R$ 28,78 bilhões no segundo trimestre de 2023, o que representou uma queda de 47% na comparação com o mesmo período de 2022.