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Petrobras patina na venda de empresas de fertilizantes

Por meio de nota, estatal informou que desistiu de negociar a Ansa, no Paraná. Outra indústria, no MS, também segue sem comprador

atualizado

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1 de 1 imagem colorida fachada petrobras - Metrópoles - Foto: Aline Massuca/Metrópoles

A Petrobras informou, por meio de comunicado ao mercado, que desistiu da venda da Araucária Nitrogenados (Ansa), que produz fertilizantes, no Paraná. Sem sucesso, a estatal tentava negociar a unidade desde setembro de 2020.

Em nota divulgada na noite desta segunda (19/12), a Petrobras informou que “avaliará seus próximos passos relacionados ao desinvestimento do ativo em questão e reforça o seu compromisso com a ampla transparência de seus projetos de desinvestimento”.

Em 2018, a Petrobras decidiu sair do mercado de produção de fertilizantes. No caso da Ansa, a estatal chegou a manter negociações com a norueguesa Yara, que estaria interessa na usina de Araucária. O negócio, contudo, não prosperou.

Com capacidade de produção diária de 1.975 toneladas métricas de ureia e 1.303 toneladas de amônia, a Ansa foi desativada no início de 2020, após uma série de prejuízos desde sua aquisição, em 2013.

O processo de desinvestimento da outra unidade desse segmento mantida pela estatal, a fabricante de fertilizantes nitrogenados UFN-III, em Três Lagoas, no Mato Grosso do Sul, também não avançou.

A construção da indústria foi iniciada em em setembro de 2011 e interrompida em 2014, em meio ao escândalo do “petrolão”. Hoje, mais de 80% das obras estão concluídas. O projeto voltou às mãos da estatal neste ano, depois que a venda da fábrica para a russa Acron foi abortada pela própria estatal.

Apesar das tentativas da petrolífera de abandonar o setor, o atual governo lançou, em março deste ano, o Plano Nacional de Fertilizantes, cuja meta é reduzir a dependência de importação desse tipo de produto de 85% para 45% até 2050. Isso seria feito por meio de incentivos fiscais, linhas de financiamento e mudanças regulatórias.

O projeto de Brasília surgiu após o início da guerra da Rússia na Ucrânia, dois entre os principais fornecedores globais de fertilizantes. Na ocasião, os preços desse insumos, essenciais para a agricultura, dispararam no mercado internacional.

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