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Petrobras: nova política reduziu dividendos em cerca de R$ 5 bilhões

Segundo o Ineep, caso a política anterior referente aos dividendos fosse mantida, os lucros distribuídos chegariam a quase R$ 20 bilhões

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tanque no centro de Distribuição da Petrobras prejuízo - Metrópoles
1 de 1 tanque no centro de Distribuição da Petrobras prejuízo - Metrópoles - Foto: Gustavo Moreno/Metrópoles

A Petrobras anunciou, na noite de quinta-feira (3/8), logo depois de divulgar seus resultados financeiros referentes ao segundo trimestre deste ano, a distribuição de remuneração aos acionistas da companhia.

O valor total a ser pago é de cerca de R$ 15 bilhões, o que representa uma redução de 39% em relação ao primeiro trimestre (R$ 24,7 bilhões) e de 83%, na comparação com o mesmo período do ano passado (R$ 87,8 bilhões).

O valor distribuído aos acionistas é de R$ 1,149304 por ação ordinária e preferencial, como antecipação da remuneração correspondente ao exercício de 2023. Os dividendos serão pagos em duas parcelas iguais, em novembro e dezembro.

“Importante ressaltar que esses proventos serão abatidos da remuneração aos acionistas a ser aprovada na Assembleia Geral Ordinária de 2024 relativos ao exercício de 2023, sendo seus valores reajustados pela taxa Selic desde a data do pagamento de cada parcela até o encerramento do exercício social corrente para fins de cálculo do abatimento”, informou a Petrobras.

Perda de R$ 5 bilhões

A nova política de remuneração aos acionistas significou uma perda de cerca de R$ 5 bilhões no total de dividendos distribuídos no segundo trimestre, de acordo com levantamento do Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Ineep).

No fim de julho, o Conselho de Administração da Petrobras aprovou uma nova política de distribuição de dividendos aos acionistas. O dividendo trimestral foi reduzido de 60% do fluxo de caixa livre para 45% do fluxo. Esse pagamento será feito quando a dívida bruta da empresa estiver abaixo de US$ 65 bilhões, parâmetro que está no atual plano estratégico.

Segundo cálculos do Ineep, caso a política anterior referente aos dividendos fosse mantida, os lucros distribuídos chegariam a quase R$ 20 bilhões. O governo, que é o maior acionista da empresa, também perdeu – teria direito, pela política anterior, a R$ 5,7 bilhões, e agora ficará com R$ 4,3 bilhões.

“O menor valor distribuído na forma de dividendos no segundo trimestre reflete, em primeiro lugar, a queda nos preços do barril no mercado internacional e dos derivados no mercado interno, o que afetou a receita da empresa. Em segundo lugar, à mudança na política de remuneração dos acionistas”, afirmou o diretor técnico do Ineep, Mahatma dos Santos.

A projeção inicial do Ineep era a de que a Petrobras  distribuísse entre R$ 17 bilhões e R$ 21 bilhões em remuneração a acionistas referente ao segundo trimestre.

Lucro cai 47%

Como noticiado pelo Metrópoles, a Petrobras registrou um lucro líquido de R$ 28,78 bilhões no segundo trimestre, o que representa uma queda de 47%, na comparação com o mesmo período de 2022.

De acordo com a companhia, o resultado reflete a desvalorização do Brent, a queda em spreads de diesel e maiores despesas. A política de preços dos combustíveis, que não acompanha mais as flutuações do mercado internacional, também tem seu peso.

A receita da estatal somou R$ 113,8 bilhões no trimestre, queda de 19,1%. O resultado ajustado, antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês), teve redução de 26,6% no trimestre, para R$ 56,69 bilhões.

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