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Petrobras é empresa com maior potencial para pagar dividendos em 2023

É o que indica estudo da Economatica. Mas a distribuição de recursos a acionistas dependerá dos novos presidentes da Republica e da estatal

atualizado

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Aline Massuca/ Metrópoles
Rio de Janeiro RJ Sede da Petrobras no Centro do Rio
1 de 1 Rio de Janeiro RJ Sede da Petrobras no Centro do Rio - Foto: Aline Massuca/ Metrópoles

A Petrobras é a empresa que tem disparado o maior potencial para pagar dividendos a acionistas em 2023. É isso o que indica um estudo da Economatica, empresa especializada na coleta e análise de dados sobre o mercado financeiro. Mas o trabalho ressalta que o repasse desses recursos dependerá de decisões tomadas pelos novos presidentes da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e da estatal, o senador Jean Paul Prates (PT-RN).

De acordo com a equipe que preparou a análise, embora Lula e Prates tenham se manifestado a favor de mudanças na política de dividendos da petrolífera, esse tipo de alteração não é tão simples. Por um lado, derrubaria o preço das ações da companhia. Por outro, prejudicaria o próprio governo, o maior acionista da Petrobras e, portanto, o grande beneficiário com o pagamento de dividendos.

Em 2021, de acordo com a Economatica, a Petrobras pagou R$ 72,7 bilhões em dividendos, dos quais R$ 20,9 bilhões para o governo. Até setembro de 2022, no fim do terceiro trimestre, a estatal havia distribuído R$ 173,4 bilhões desses recursos, sendo R$ 49,8 bilhões para os cofres da administração federal. Em 2023, um ano com um orçamento apertadíssimo e grande necessidade de esticar receitas, números dessa envergadura podem fazer a diferença.

Seja como for, os dividendos são a parcela do lucro líquido que as empresas distribuem diretamente aos acionistas. E “dividend yield” (DY) é um indicador que mede o rendimento de uma ação apenas com base no pagamento desses dividendos.

De acordo com a análise da Economatica, em 2023, um total de 22 ações têm DY projetados superiores a 5,45%. Esse percentual corresponde à inflação (IPCA) estimada pelo Banco Central para o este ano.

Nesse caso, no topo da lista, estão duas ações da Petrobras, conhecidas pela sigla PETR4, que são preferenciais (dão preferência aos acionistas no recebimento dos dividendos), e PETR3, ordinárias (com direito a voto). “Considerando que a empresa em 2022 consolide um lucro superior ao de 2021 e que mantenha a atual política de distribuição de lucro”, diz a análise, “o DY potencial é de 68,32% para preferenciais e 59,70% (ordinárias)”.

No início de 2023, a Selic está em 13,75%. Apenas três ações têm DY projetado superior a esse percentual. No caso, além dos dois papeis da Petrobras, está a Marfrig (25,83%). Outras três empresas têm DY de dois dígitos, embora fiquem abaixo da Selic. São elas a Metal Leve (13,66%), o Banco do Brasil (11,99%), também estatal, e a Ferbasa (10,18%).

Considerados os segmentos da Bolsa de Valores, a B3, acrescenta o estudo da Economatica, os bancos e o setor de papel e celulose têm maior presença na lista de bons pagadores de dividendos, com três ações cada um, enquanto a indústria automobilística, energia elétrica, exploração, refino e distribuição de petróleo, além de seguradoras possuem duas ações cada.

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