Petrobras e crise dos bancos nos EUA levam a Bolsa a novo dia de queda
O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores, recuou 0,9%, influenciado pela queda das ações da Petrobras e pela instabilidade nos EUA
atualizado
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O Ibovespa, principal indicador de ações da Bolsa de Valores brasileira (B3), registrou queda de 0,9% nesta quarta-feira (26/4), aos 102.312 pontos. Foi o terceiro pregão consecutivo de perdas, e a Bolsa já acumula desvalorização de quase 2% na semana.
O saldo negativo do dia foi influenciado, principalmente, pela queda de mais de 1% das ações da Petrobras, segunda maior empresa da Bolsa. Com a queda da cotação do petróleo no mercado externo, não só a Petrobras, mas outras empresas menores do setor, como 3R Petroleum e Prio (antiga PetroRio) tiveram queda de até 3% na sessão.
Já a Vale, que até ontem (25/4) acumulava perda de 10% na semana, avançou 0,4% no pregão de hoje da Bolsa, em uma ligeira recuperação. A alta foi motivada pela valorização do minério de ferro na China, o que levou outras empresas de mineração e siderurgia, como CSN e Gerdau, a um avanço de cerca de 3%.
As empresas de varejo tiveram um desempenho misto na Bolsa. Os dados da prévia de inflação, medidos pelo IPCA-15, revelaram uma desaceleração dos índices de preços. O movimento alimentou a expectativa de queda dos juros ainda no segundo semestre.
O possível fim do aperto monetário beneficiou empresas que dependem do crédito mais barato para crescer. É o caso da construtora MRV, que avançou 6% na Bolsa no dia, e do grupo de moda Soma, que subiu 2%.
No exterior, as bolsas americanas também tiveram desempenho volátil. Por lá, as preocupações com a solidez do First Republic Bank, uma das instituições financeiras que passou por uma crise no mês passado. O banco reportou seus resultados trimestrais e revelou uma queda brusca no volume de depósitos dos clientes, o que aumenta o risco de falência.
Dólar
O dólar encerrou a quarta-feira (26/4) quase estável, com uma ligeira queda de 0,1%. A moeda americana ficou estacionada nos R$ 5,05.