Petrobras descarta oferta para compra da Braskem, diz agência
Petrobras informa que uma decisão sobre a Braskem ainda não foi tomada; presidente da estatal promete definição “no devido momento”
atualizado
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A Petrobras não deve apresentar uma oferta para a compra do restante das ações da petroquímica Braskem, segundo informações da agência Bloomberg.
De acordo com a agência, que consultou pessoas próximas à negociação, a estatal, que detém 36,1% do capital da Braskem, não pretende consolidar em seu balanço a dívida da petroquímica, de US$ 9,8 bilhões.
Oficialmente, a Petrobras informa que uma decisão sobre o assunto ainda não foi tomada. Na quarta-feira (14/6), o presidente da companhia, Jean Paul Prates, disse a jornalistas que o tema seria definido “no devido momento”.
“Nada a declarar sobre a questão da Braskem. A decisão vai ser tomada no devido momento”, disse Prates a jornalistas, após uma reunião com o vice-presidente Geraldo Alckmin.
“Temos direito de preferência e estamos confortáveis em relação a essa posição. Vamos analisar tudo o que está acontecendo, mas não podemos dizer nada porque nesse caso, justamente, isso serve como especulação.”
Ainda segundo Jean Paul Prates, a Petrobras tem mantido “uma posição inerte” neste momento, embora o assunto esteja sendo discutido “internamente”.
A Petrobras é sócia da Novonor (antiga Odebrechet) na Braskem. A estatal detém 47% das ações com direito a voto da empresa, enquanto a Novonor fica com 50,1%. Do total de papéis, a petrolífera tem 36,1% e a companhia que sucedeu a Odebrecht, 38,3%.
A companhia tem direito de preferência sobre as ações da petroquímica e, segundo informações divulgadas pelo jornal O Estado de S. Paulo, teria estudado a possibilidade de cobrir a oferta de R$ 10 bilhões apresentada pela Unipar.
Além da Unipar, a Braskem também é disputada por um consórcio formado pela gestora americana Apollo Global Management e a Empresa Nacional de Petróleo de Abu Dhabi (Adnoc).