Petrobras avalia assumir o controle da Braskem, diz jornal
A Petrobras tem direito de preferência sobre as ações da petroquímica e estuda cobrir a oferta de R$ 10 bilhões apresentada pela Unipar
atualizado
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A Petrobras avalia a possibilidade de se tornar controladora da Braskem, de acordo com informações do Estadão/Broadcast.
A companhia tem direito de preferência sobre as ações da petroquímica e estuda cobrir a oferta de R$ 10 bilhões apresentada pela Unipar. Além da Unipar, a Braskem também é disputada por um consórcio formado pela gestora americana Apollo Global Management e a Empresa Nacional de Petróleo de Abu Dhabi (Adnoc).
A Petrobras é sócia da Novonor (antiga Odebrechet) na Braskem. A estatal detém 47% das ações com direito a voto da empresa, enquanto a Novonor fica com 50,1%. Do total de papéis, a petrolífera tem 36,1% e a companhia que sucedeu a Odebrecht, 38,3%.
Segundo informações do Estadão, que ouviu pessoas que acompanham as negociações de perto, a possível compra da Braskem estaria sendo tratada como “segredo de Estado” na Petrobras. Entre as alternativas postas, estaria a compra da fatia da Novonor. Outra possibilidade seria uma composição com a Unipar.
Em 2007, a Petrobras adquiriu uma pequena participação na Braskem. Com o passar do tempo, foi aumentando essa fatia até chegar aos atuais 47% de ações ordinárias e 36,1% do capital total.
Em entrevista ao Metrópoles, Rodrigo Wainberg, analista da Suno Asset, disse que a postura adotada pela Petrobras no atual governo não parece favorecer a venda de um ativo como a petroquímica, com atividades no Brasil, Estados Unidos, México e Alemanha. Assim, a chance de comprar a Braskem seria real.
“Estou achando mais fácil que ela resolva comprar e fechar o capital da Braskem. A estatal tem tamanho para isso”, diz o analista. “Ela também tem o direito de preferência na compra e vai ter de se manifestar sobre isso nos próximos meses. Ou seja, vai ter de definir se adquire ou vende junto.”