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Pedidos de recuperação judicial crescem quase 200% em um ano no Brasil

Em novembro, ocorreram 175 solicitações. No mesmo mês do ano passado, foram 59, segundo pesquisa inédita realizada pela Serasa Experian

atualizado

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1 de 1 Imagem colorida de um martelo de juiz sendo batido em uma mesa de tribunal - Metrópoles - Foto: Getty Images

O número de recuperações judiciais deu novo salto no Brasil. Em novembro, foram realizados 175 pedidos desse tipo por parte de empresas de todos os portes. Em relação a outubro, com 162 solicitações, o aumento foi de 8%. Na comparação com o mesmo mês de 2022, com 59 requerimentos, o crescimento foi de 196,6%. É o que mostram dados inéditos da pesquisa mensal realizada sobre o tema pela Serasa Experian, divulgada com exclusividade pelo Metrópoles.

Na avaliação de Luiz Rabi, economista da Serasa Experian, há fatores que têm contribuído para uma melhora da inadimplência das empresas. Eles incluem a redução do ritmo da inflação e a queda da taxa básica de juros do país, a Selic. Rabi observa, contudo, que o quadro de recuperação judicial tem uma reação mais lenta. 

“O constante crescimento da lista de companhias negativadas mostra que a instabilidade econômica ainda é um desafio para os empreendedores”, diz Rabi. “Nesse contexto, abalados financeiramente, muitos empresários acabam recorrendo a processos de recuperação judicial na tentativa de renegociar dívidas e evitar a falência.”

As micro e pequenas empresas (MPEs) lideraram os pedidos de novembro, com um total de 137. A seguir, vieram os negócios de médio porte, com 22, e as grandes companhias, com 16. No mesmo mês do ano anterior, as MPEs anotaram 39 solicitações, as firmas médias 13 e as grandes, apenas sete.

De acordo com o Indicador de Falências e Recuperação Judicial da Serasa Experian, o setor de serviços foi o que mais demandou recuperações judiciais (112). O comércio ficou em segundo lugar (33). Ele foi seguido pela indústria (22) e pelo setor primário (8). 

Falências em queda

Em novembro, apesar da explosão das recuperações judiciais, o número de pedidos de falências diminuiu pelo quarto mês seguido. Eles somaram 39 casos, o que representou uma queda de 36,1% na comparação com outubro e um recuou de 58,9% ante novembro de 2022.

O segmento que liderou o ranking das falências foi o comércio, com 18 pedidos. A seguir, vieram a indústria (10), os serviços (10) e o setor primário (1).

O Indicador Serasa Experian de Falências e Recuperações Judiciais é construído a partir do levantamento mensal das estatísticas de falências (requeridas e decretadas) e das recuperações judiciais e extrajudiciais registradas mensalmente na base de dados da Serasa Experian, provenientes dos fóruns, varas de falências e dos Diários Oficiais e da Justiça dos estados. 

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