Pedidos de recuperação judicial atingem maior nível em 3 anos
No primeiro semestre de 2023, foram registradas 593 solicitações, numa elevação de 52%, na comparação com o mesmo período de 2022
atualizado
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O número de empresas que recorreram a pedidos de recuperação judicial para renegociar suas dívidas atingiu o maior patamar dos últimos três anos no primeiro semestre de 2023. O total de requerimentos desse tipo chegou a 593 entre janeiro e junho, o que representou uma elevação de 52%, na comparação com o mesmo período de 2022.
Na avaliação de Luiz Rabi, economista da Serasa Experian, o avanço é resultado da alta da inadimplência das empresas, que alcançou 6,48 milhões de companhias, em maio. O setor que fez o maior número de pedidos foi o de serviços, com 261. Ele foi seguido pelo comércio (168), indústria (112) e setor primário (52).
As micro e pequenas empresas lideraram o ranking das recuperações judiciais no semestre, com 63 solicitações. Depois desse grupo, vieram as médias empresas (26) e, por último, as grandes companhias (3).
Crédito e falências
Na quinta-feira (21/7), a Serasa divulgou outro levantamento, mostrando que a busca por crédito por parte dos consumidores registrou a maior queda desde 2008. Outro dado da empresa apontou que houve um aumento no número de falências no país. No primeiro semestre, foram registradas 546 solicitações desse tipo, numa alta de 36,2%, em relação ao mesmo período de 2022. Esse foi o maior patamar observado desde 2019, quando o total chegou a 678 requerimentos.