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Passagem aérea é vilã da inflação em outubro; veja o que subiu e caiu

Passagem aérea foi o item com a maior contribuição individual (0,14 ponto percentual) no índice cheio de inflação em outubro, segundo o IBGE

atualizado

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1 de 1 Imagem de mulher dentro de um avião, segurando uma passagem aérea - Metrópoles - Foto: Getty Images

O aumento nos preços das passagens aéreas foi o grande “vilão” da inflação de outubro, de acordo com os dados divulgados nesta sexta-feira (10/11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De acordo com o levantamento, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país, desacelerou para 0,24% no mês passado, depois de ter ficado em 0,26% em setembro.

No acumulado de 12 meses, até outubro, a inflação oficial do país foi de 4,82%. No ano, a inflação acumulada é de 3,75%.

O resultado veio abaixo das estimativas dos analistas. O consenso Refinitiv, que reúne as principais projeções do mercado, previa inflação mensal de 0,29% e, no acumulado de 12 meses, um índice de 4,87%. Divulgado há duas semanas, o IPCA-15, considerado a prévia da inflação oficial, ficou em 0,21% em outubro.

Segundo o Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta de inflação para este ano é 3,25%. Como há intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, a meta será cumprida se ficar entre 1,75% e 4,75%.

Passagem aérea puxou índice em outubro

Os preços de oito dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IBGE tiveram alta em outubro. Transportes (0,35%) e alimentação e bebidas (0,31%) contribuíram, cada um, com 0,07 ponto percentual para o índice geral.

“É o segundo mês seguido de alta das passagens aéreas. Essa alta pode estar relacionada a alguns fatores como o aumento no preço de querosene de aviação e a proximidade das férias de fim de ano”, afirma André Almeida , gerente do IPCA.

O grupo de comunicação (-0,19%) foi o único que registrou queda no mês. Os demais grupos ficaram entre o 0,02% de habitação e o 0,46% de artigos de residência.

No grupo de transportes (0,35%), o resultado foi influenciado pelo aumento nos preços da passagem aérea (23,7%), o item com a maior contribuição individual (0,14 ponto percentual) no índice cheio do mês.

Combustíveis

Em relação aos combustíveis (-1,39%), somente o óleo diesel (0,33%) apresentou alta. A gasolina (-1,53%), o gás veicular (-1,23%) e o etanol (-0,96%) recuaram em outubro.

Alimentação

No grupo alimentação e bebidas (0,31%), a alimentação no domicílio subiu 0,27% em outubro, após quatro quedas seguidas. Entre os principais destaques, estão as altas da batata-inglesa (11,23%), cebola (8,46%), frutas (3,06%), arroz (2,99%) e das carnes (0,53%).

No lado das quedas, os destaques foram o leite longa vida (-5,48%) e o ovo de galinha (-2,85%).

Veja a variação de todos os grupos pesquisados:

  • Artigos de residência: 0,46%
  • Vestuário: 0,45%
  • Transportes: 0,35%
  • Saúde e cuidados pessoais: 0,32%
  • Alimentação e bebidas: 0,31%
  • Despesas pessoais: 0,27%
  • Educação: 0,05%
  • Habitação: 0,02%
  • Comunicação: -0,19%

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