Para o governo, comunicado do Copom sobre a Selic foi “inacreditável”
Nota divulgada pelo órgão do Banco Central afirma que “conjuntura continua demandando cautela e parcimônia”
atualizado
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O comunicado do Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central (BC), frustrou o governo, em especial, os integrantes do Ministério da Fazenda. Eles esperavam que o órgão fornecesse um sinal nítido do início de um ciclo de queda da taxa básica de juros, a Selic, confirmada nesta quarta-feira (21/6) em 13,75% ao ano.
Sem essa indicação de possibilidade de corte, termos como “inacreditável” foram utilizados por membros do governo para definir a decisão – e sobretudo – a nota do Copom.
Houve um trecho específico do comunicado que irritou os governistas. O BC citou que, em seus cenários de inflação, permanecem fatores de risco como “alguma incerteza residual sobre o desenho final do arcabouço fiscal a ser aprovado pelo Congresso Nacional e, de forma mais relevante para a condução da política monetária, seus impactos sobre as expectativas para as trajetórias da dívida pública e da inflação”.
O Copom também observou que a “conjuntura atual segue demandando cautela e parcimônia”, além de “paciência e serenidade”, já que “o processo desinflacionário tende a ser mais lento e que as expectativas permanecem desancoradas”.