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Para Haddad, BC deveria se preocupar com crise no mercado de capitais

Fernando Haddad disse ainda que o BC deveria ficar atento à situação do crédito no país; ele voltou a defender a queda da taxa de juros

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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em reunião com o presidente Lula e lideranças políticas no Planalto. Ele gesticula enquanto fala diante de microfone - Metrópoles
1 de 1 O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em reunião com o presidente Lula e lideranças políticas no Planalto. Ele gesticula enquanto fala diante de microfone - Metrópoles - Foto: Ricardo Stuckert/PR

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta segunda-feira (3/4) que o Banco Central (BC) deveria estar mais preocupado com uma possível crise envolvendo o mercado de capitais no país.

“A minha impressão é que aquilo que está acontecendo no mercado de crédito, sobretudo de capitais, não está chegando ao BC. Acho que não está calibrada a informação sobre o que está acontecendo no mercado de capitais”, afirmou Haddad, durante entrevista à GloboNews.

“Com os eventos do Credit Suisse, acendeu o sinal amarelo no mundo todo, ao contrário do Brasil”, completou o ministro, em alusão à crise no banco suíço, que foi vendido ao UBS e contou com um aporte do Banco Central do país europeu.

No cenário interno, segundo Haddad, a crise da Americanas, que entrou em recuperação judicial, afetou o mercado de crédito porque muitos bancos são credores da varejista. “Está havendo uma retração forte depois do episódio das Americanas. Ficou mais forte”, disse.

BC e os juros

Na entrevista, o ministro da Fazenda voltou a defender a redução da taxa básica de juros da economia (Selic), atualmente em 13,75% ao ano.

“É óbvio que tem espaço, na minha opinião, para corte [da taxa Selic]. Quando vai ser esse corte? Vai ser no terceiro, quarto Copom? Não sei, não estou lá dentro”, afirmou Haddad. “Mas eu acho que tem espaço para um corte suficiente para garantir que a economia brasileira se estabilize.”

No fim da tarde desta segunda, como o Metrópoles noticiou, Haddad terá uma reunião com o presidente do BC, Roberto Campos Neto. Será o primeiro encontro entre eles desde o anúncio da proposta do novo arcabouço fiscal do governo.

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