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Para Galípolo, BC está “dependente de dados” para definir Selic

Diretor do BC e candidato à sucessão de Roberto Campos Neto, afirmou que economia brasileira dá sinais recorrentes de aquecimento

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1 de 1 imagem colorida diretor de Política Monetária do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo - Metrópoles - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

O diretor de Política Monetária do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, afirmou nesta segunda-feira (26/8) que a avaliação do atual cenário econômico do país exige cautela e o BC está “dependente de dados” para definir a taxa básica de juros do país, a Selic. 

Durante evento de comemoração dos 125 anos do Tribunal de Contas do Estado do Piauí, em Teresina, Galípolo observou que o Banco Central assumiu uma posição conservadora, interrompendo o ciclo de cortes dos juros. Isso como resultado do atual cenário econômico do país. A próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC, que fixa o valor da Selic, ocorrerá entre os dias 17 e 18 de setembro.

Para Galípolo, os dados indicam que a economia está “aquecida, mostrando-se dinâmica no Brasil”, ao contrário do que ocorre com nos Estados Unidos, cuja atividade começou a dar sinais de moderação. 

Galípolo, que é candidato a substituir Roberto Campos Neto na presidência do BC, citou uma série de fatores que atestam tal aquecimento no Brasil. A lista inclui o menor desemprego dos últimos dez anos, crescimento de 12% da renda em relação a 2022, avanço do crédito, maior ocupação da capacidade instalada da indústria em 10 anos, força do setor de serviços e previsões de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) acima de 3% em 2024.

Temor inflacionário

Ele destacou ainda que, neste momento, a função do Banco Central é fazer com que esse avanço dos indicadores, que levam a um crescimento da demanda, “não esteja ocorrendo de maneira desordenada com a oferta, a ponto de produzir um processo inflacionário, que vá corroer esta renda que vem crescendo”. 

Galípolo notou ainda que as expectativas de inflação do mercado seguem “desancoradas” – ou seja, elas não estão convergindo para a meta de 3% para este ano. “Por isso, o BC interrompeu o ciclo de cortes [de juros] e ficou dependente de dados”, disse. 

Ele destacou que o Banco Central vai “consumir os dados a cada reunião do Copom” para que os integrantes do órgão possam definir a Selic, de maneira que estejam “abertos a todas as alternativas colocadas na mesa de política monetária”.

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