Para estimular economia, China facilita compra de ação por seguradoras
Administração Nacional de Regulamentação Financeira da China diminuiu o risco atribuído ao investimento de companhias de seguros em ações
atualizado
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Em uma nova tentativa de estimular a atividade econômica, que vem desacelerando, a Administração Nacional de Regulamentação Financeira da China anunciou neste domingo (10/9) a diminuição do risco atribuído ao investimento de companhias de seguros em ações.
De acordo com o órgão regulatório, o risco para as seguradoras nos componentes do índice CSI300 vai baixar de 0,35 para 0,3. Já as ações listadas no mercado Star, de Xangai, focado no setor de tecnologia, terão o risco reduzido de 0,45 para 0,4.
O CSI 300 é um índice do mercado de ações projetado para replicar o desempenho das 300 principais ações negociadas nas bolsas de valores de Xangai e Shenzhen.
A autoridade chinesa também informou que o risco para investimentos em fundos imobiliários, destinados especialmente para projetos de infraestrutura, diminuirá de 0,45 para 0,4.
Os requisitos mínimos de capital para as seguradoras também diminuíram, de acordo com o órgão regulatório.
Segundo a Administração Nacional de Regulamentação Financeira, os padrões regulatórios foram ajustados “com o objetivo de promover o regresso do setor segurador às suas raízes e ao seu funcionamento estável e melhor servir a economia real e a população”.
No mês passado, a Comissão de Valores Mobiliários da China havia pedido aos executivos das seguradoras que aumentassem seu apoio ao mercado de capitais e de inovações tecnológicas.
O dragão desacelera
Na segunda-feira (4/9), o principal órgão de planejamento econômico do governo chinês anunciou que vai colocar em prática uma série de medidas para reforçar a economia privada do país, em meio à desaceleração dos últimos meses.
O Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) do setor de serviços, divulgado no dia seguinte, registrou forte queda em agosto, de 54,1 para 51,8 pontos, segundo dados da S&P Global.
Na semana passada, o governo chinês havia informado que reduziria as taxas para compras de imóveis. O mercado imobiliário do gigante asiático vem enfrentando graves dificuldades.
Há duas semanas, o Banco do Povo da China (o Banco Central chinês) já havia se comprometido com um maior apoio à atividade econômica do país. A autoridade monetária anunciou um corte nas taxas de juros, para tentar impulsionar a atividade econômica.
Os juros para os empréstimos de um ano, que são a principal referência do mercado local, foram reduzidos em 0,15 ponto percentual, para 2,5% ao ano. Foi o maior corte da taxa de juros na China desde o auge da pandemia de Covid-19.