metropoles.com

Para Campos Neto, PIB pode “surpreender para cima” no 1º trimestre

Presidente do Banco Central também voltou a destacar a importância do cumprimento da meta fiscal por parte do governo federal

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Vinícius Schmidt/Metrópoles
Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, comparece a audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), no Senado Federal
1 de 1 Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, comparece a audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), no Senado Federal - Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, afirmou, nesta terça-feira (6/2), que o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro pode crescer além do esperado pelo mercado. “A perspectiva de crescimento no primeiro trimestre está parecendo que vai surpreender para cima”, afirmou. “Essa é a nossa primeira intuição.”

A avaliação de Campos Neto foi feita durante evento realizado em São Paulo pelo BTG Pactual, do qual também participou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. O presidente do Banco Central notou ainda que o mercado vem errando “há três anos” as projeções de avanço do PIB.

Campos Neto disse que o mercado de trabalho no Brasil também “vem surpreendendo bastante”. “Temos visto a taxa de participação voltando a subir, algo que não acontecia há bastante tempo”, afirmou. Essa taxa mede o número de pessoas empregadas e as que procuram postos de trabalho.

Meta fiscal

Em relação ao tema fiscal, Campos Neto destacou que é importante que o governo tente perseguir a meta fixada no arcabouço, que estabelece déficit zero em 2024, nível que os agentes econômicos duvidam que seja cumprido. “A gente tem dito aqui que é importante insistir na meta. O ministro [Fernando Haddad] fez um esforço muito grande para que isso aconteça”, disse. 

Cenário global

No cenário internacional, Campos Neto observou que, com a economia americana aquecida, “houve uma mudança de expectativa em relação à velocidade de corte” das taxas de juros nos Estados Unidos. Ele notou que, ao observar a demanda por bens e serviços, “fica difícil” entender que a inflação americana foi “uma questão de oferta”.

Para o presidente do BC, a dinâmica de mercado em um mundo mais endividado e com juros altos por mais tempo é um fator de risco internacional a ser monitorado. Ele observou ainda que as taxas de inflação no mundo estão em processo de desaceleração, puxadas pela queda dos preços de alimentos e energia, mas a pressão do setor de serviços ainda é forte e preocupa.

“O mundo saiu da pandemia muito mais endividado, estamos falando de algo perto de 20% do PIB [mundial]. O juro tende a ficar mais alto por mais tempo e esse cenário vai contaminando o mercado de crédito privado. E isso já começou a acontecer”, afirmou. O presidente do Banco Central também destacou alguns temas importantes no atual debate sobre inflação. Na lista, ele incluiu a dinâmica dos preços nos Estados Unidos, o momento econômico da China e o endividamento global no pós-pandemia.

 

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNegócios

Você quer ficar por dentro das notícias de negócios e receber notificações em tempo real?