Para Campos Neto, eleição americana é fator de risco para inflação
Presidente do BC considera que principais temas discutidos por candidatos podem levar à aceleração do processo inflacionário
atualizado
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O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, incluiu nesta quarta-feira (28/8) a eleição americana entre os temas globais que “ainda não estão precificados” pelo mercado, mas podem ter impacto na inflação. A afirmação foi feita durante evento realizado em São Paulo pelo Santander Brasil.
Para Campos Neto, os principais temas em debate, polarizado entre a democrata Kamala Harris e o republicano Donald Trump, têm cunho inflacionário. “Não há nenhum sinal à vista de uma política mais austera”, disse o presidente do BC, referindo-se a uma eventual expansão de gastos da economia dos Estados Unidos.
Além disso, observou o presidente do BC, os debates no momento giram em torno de questões como o protecionismo e restrições à imigração, assuntos que também têm repercussão negativa sobre o processo inflacionário.
Sobre o Brasil, Campos Neto disse reafirmou no evento que o BC fará o que for necessário para levar a inflação à meta, fixada em 3% para 2024, com tolerância de um ponto percentual. Ele também considerou positivo o resultado do IPCA-15, divulgado na terça-feira (27/8) pelo IBGE, mas considerou que ele ainda não torna confortável a posição do Banco Central.