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Para analistas, BC manterá Selic em 13,75% ; corte só virá em setembro

Previsão de continuidade da taxa é majoritária no mercado. Dúvida é se haverá indicação de queda dos juros básicos no médio prazo

atualizado

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Felipe Menezes/Metrópoles
Homem caminha em frente a entrada do prédio do Banco Central em Brasília
1 de 1 Homem caminha em frente a entrada do prédio do Banco Central em Brasília - Foto: Felipe Menezes/Metrópoles

O Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central (BC), reúne-se nesta terça (2/5) e quarta-feira (3/5), pela terceira vez no ano, para definir a taxa básica de juros do país, a Selic. A totalidade dos analistas consultados pelo Metrópoles acredita que ela será mantida em 13,75% ao ano. A dúvida é se haverá indicação de queda tanto no comunicado como na ata sobre a decisão, divulgados nestes dois dias pelo Copom.

A situação, portanto, é a mesma que ocorreu na última reunião do órgão do BC, em março. De um lado, há forte pressão do governo pela redução da Selic. Do outro, grande consenso no mercado em torno da continuidade da taxa.

Na avaliação dos analistas da BGC Liquidez, por exemplo, os 13,75% não só serão mantidos, como o primeiro corte só deve ocorrer na sexta reunião do ano do Copom, em 20 de setembro. Nesse caso, a redução será de 0,5 ponto percentual.

A Ativa investimento também prevê a continuidade do atual valor. Ele também será mantido no próximo encontro do Copom, em junho. Os técnicos da Tenax Capital compartilham a mesma opinião e, como grande parte dos analistas de mercado, fixam uma Selic de 12,25%, mas apenas no fim de 2023.

No relatório Focus divulgado nesta segunda-feira (2/5), na média, os quase 150 integrantes do mercado ouvidos na pesquisa feita pelo BC, apontam que os juros devem fechar 2023 em 12,50%. Para 2024, a previsão é de 10%.

Em relatório divulgado pelo Itaú Unibanco, o economista-chefe da instituição financeira, Mario Mesquita, também crava na continuidade dos 13,75%. Ele observa que, embora o “anúncio de um novo arcabouço fiscal reduza incertezas e riscos, o BC deve continuar expressando preocupações com evolução da dívida pública e piora na perspectiva da inflação nos horizontes mais longos”.

Ele, no entanto, faz uma ressalva: “Por outro lado, o comunicado do Copom poderá fazer menção à desaceleração da economia global, queda no preço de commodities e uma redução maior que a esperada no crédito doméstico, motivos para uma redução nos juros”.

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