Pão de Açúcar espera levantar R$ 1 bilhão com emissão de novas ações
Segundo o Grupo Pão de Açúcar, “os recursos obtidos serão empregados na redução do endividamento da companhia”
atualizado
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O Grupo Pão de Açúcar (GPA), dono das bandeiras Pão de Açúcar e Extra, informou, no domingo (10/12), que deve apresentar uma oferta pública de distribuição primária de ações com valor avaliado em cerca de R$ 1 bilhão.
De acordo com o comunicado da empresa ao mercado, a decisão está em linha com o objetivo do grupo de melhorar seu nível operacional.
Segundo o Pão de Açúcar, o maior objetivo da medida é garantir recursos adicionais necessários para uma maior flexibilidade financeira, o que pode impulsionar uma nova fase de crescimento da empresa.
“A potencial oferta insere-se no plano de otimização da estrutura de capital da companhia, que compreendeu a venda de ativos não core, incluindo a venda da participação de 34% na Cnova N.V., e o processo de venda da participação de 13,3% no Almacenes Éxito”, diz o Pão de Açúcar.
“Caso a potencial oferta de ações seja efetivada, os recursos obtidos serão empregados na redução do endividamento da companhia, com a consequente diminuição da sua alavancagem financeira”, prossegue o comunicado.
Assembleia convocada
O Pão de Açúcar também anunciou que foi convocada para o dia 11 de janeiro de 2024 uma Assembleia Geral Extraordinária que deve deliberar, entre outros temas, sobre o aumento de capital autorizado pela empresa para até 800 milhões de ações ordinárias.
Também deve ser discutida a proposta de eleição de uma nova chapa para o Conselho de Administração.
“A chapa proposta para eleição na Assembleia Geral Extraordinária ora convocada é fruto de alinhamento entre a administração da companhia e seu atual acionista controlador, Casino Guichard Perrachon”, diz a nota.
Prejuízo no 3º trimestre
No terceiro trimestre de 2023, o Grupo Pão de Açúcar registrou um prejuízo líquido de R$ 1,285 bilhão. O resultado negativo do período entre julho e setembro de 2023 representa um aumento de 426% em relação ao prejuízo reportado no terceiro trimestre do ano passado, de R$ 244 milhões.
Segundo a empresa, o resultado foi impactado por efeitos não recorrentes, como a conclusão da separação da varejista colombiana Éxito. Se esse impacto não fosse considerado, haveria um lucro líquido de R$ 808 milhões no terceiro trimestre.