Oi entra com novo pedido de recuperação judicial
A Oi entrou em recuperação judicial pela primeira vez em 2016, em processo só concluído em 2022
atualizado
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A Oi informou ao mercado, na madrugada desta quinta-feira (2/3), que entrou com um novo pedido de recuperação judicial na 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro. A empresa de telecomunicações havia obtido na Justiça, em fevereiro, uma proteção judicial contra credores, o que a permitiu deixar de pagar dívidas e sofrer execuções por 30 dias.
A Oi, no entanto, não conseguiu fechar um acordo com os credores durante esse período de proteção, que termina na sexta-feira (3/3).
A companhia entrou em recuperação judicial pela primeira vez em 2016, com dívidas acumuladas de R$ 65 bilhões. O processo foi encerrado apenas em dezembro de 2022, após seis anos. Atualmente, a dívida da Oi ultrapassa R$ 43 bilhões, segundo a empresa.
Em fato relevante encaminhado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a Oi informa que as negociações com os credores continuam em andamento, “com a existência de pontos negociais ainda sujeitos à concordância entre as partes que impossibilitam a companhia de concluir, até o presente momento, as negociações”.
De acordo com a empresa, “o pedido de recuperação judicial demonstrou-se a medida mais adequada neste momento”.
“Toda a força de trabalho da Oi manterá normalmente sua atuação, com suas atividades comerciais, operacionais e administrativas. A Oi mantém o foco nos investimentos em projetos estruturantes que visem a promover melhoria de qualidade na prestação de seus serviços e nos desenvolvimentos estratégicos que permitam a permanente evolução da sua atuação como importante ator do mercado brasileiro de telecomunicações e tecnologia da informação”, diz o comunicado da empresa.
“A Oi reafirma a confiança que tem em sua capacidade operacional e comercial para que seja bem-sucedida na proposição e aprovação de um plano de recuperação judicial que permita ganho de valor para a companhia e suas subsidiárias e na manutenção do alto nível da prestação de serviços aos seus clientes”, afirma a companhia.
O pedido de recuperação judicial será submetido à ratificação dos acionistas da Oi em uma assembleia geral, cuja data ainda não foi marcada.