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Odebrecht Engenharia pede recuperação judicial: dívida de US$ 4,6 bi

Empresa é o braço de engenharia civil e construção pesada do Novonor, atual nome do Grupo Odebrecht, em recuperação judicial desde 2019

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Rovena Rosa/Agência Brasil
Antiga sede da Odebrecht, em São Paulo
1 de 1 Antiga sede da Odebrecht, em São Paulo - Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

A Odebrecht Engenharia e Construção (OEC) protocolou na Justiça, nesta quinta-feira (27/9), um pedido de recuperação judicial. O grupo OEC é a divisão de negócios responsável pelos serviços de engenharia civil e construção pesada do Novonor, o atual nome do Grupo Odebrecht, que está em recuperação judicial desde 2019.

O objetivo da recuperação judicial da OEC é renegociar dívidas financeiras e operacionais de US$ 4,6 bilhões (R$ 25,3 bilhões). O débito é formado, principalmente, por bônus emitidos no mercado externo. Eles já tinham sido alvo de renegociação em 2020.

De acordo com nota da empresa, “a iniciativa visa permitir o equacionamento da dívida e, ao mesmo tempo, incrementa seu fluxo de caixa dentro de um contexto favorável de retomada dos investimentos no setor de infraestrutura e construção pesada, que já se reflete no novo ciclo de crescimento da companhia”. 

O pedido refere-se à atuação da empresa no Brasil. “O processo não afeta a rotina operacional dos contratos em curso ou a execução de novos”, diz a nota. “Atualmente, a OEC possui 31 obras ativas, sendo 21 no Brasil e 10 no exterior, empregando mais de 15 mil profissionais diretos e indiretos.”

Financiamento

O formato para viabilizar a concessão do crédito por investidor financeiro foi o financiamento na modalidade “DIP Financing” (sigla para “debtor-in-possession“), um aporte de caixa que ocorre num ambiente protegido sob supervisão judicial. O financiamento em negociação pode chegar a R$ 650 milhões. Ele será usado, diz a companhia, para equacionar o endividamento existente, reforçar o fluxo de caixa da OEC e fomentar suas atividades, com a injeção de liquidez para financiar projetos, obter garantias e assegurar capital de giro para viabilizar novos projetos.

“Processo célere”

Segundo a OEC, tendo em vista as negociações prévias com parte dos principais credores financeiros, a “recuperação judicial poderá ser implementada de forma mais célere e controlada, em prazo inferior àquele usualmente necessário em iniciativas desse porte”. “O foco central é reestruturar US$ 4,6 bilhões em passivos financeiros e operacionais, além de operações antigas dentro do mesmo grupo (intercompany)”, disse Lucas Cive, CFO da empresa.

O Grupo Odebrecht – agora, Novonor – entrou em recuperação judicial no dia 17 de junho de 2019. O processo segue 1ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo, tendo a Alvarez & Marsal sido nomeada administradora judicial. 

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