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O que Milei, eleito, já disse sobre o que fará na economia

Em poucas entrevistas e menos de 48 horas após confirmada a eleição, ele já falou sobre inflação, juros, privatizações, BC e dolarização

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Imagem colorida mostra javier Milei, candidato vencedor do pleito de 2023 na argentina Bolsonaro - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida mostra javier Milei, candidato vencedor do pleito de 2023 na argentina Bolsonaro - Metrópoles - Foto: Tomas Cuesta/Getty Images

Umas poucas entrevistas e menos de 48 horas depois de ter sido eleito, as declarações do ultraliberal Javier Milei já causaram considerável rebuliço no noticiário econômico da Argentina. Veja a seguir o que ele disse sobre como pretende solucionar alguns dos principais problemas da economia do país:

Inflação

Milei afirmou que precisará de um ano e meio a dois anos (18 a 24 meses) para debelar a inflação do país. De acordo com o Instituto Nacional de Estatística e Censos (Indec), o índice de preços ao consumidor da Argentina teve alta de 8,3% em outubro sobre setembro. A taxa anualizada do índice está em 142,7%. No Brasil, a estimativa de inflação é de 4,55% em 2023.

Privatizações

O presidente eleito da Argentina disse que vai pisar fundo no processo de privatização de estatais no país. “Tudo que puder estar nas mãos da iniciativa privada vai estar”, disse, em entrevista à rádio Mitre.

Por “tudo” entenda-se também, no setor de comunicação, a Telám, a TV pública do país, e a Rádio Nacional. Milei também afirmou que vai privatizar a estatal de petróleo YPF (Yacimientos Petrolíferos Fiscales). Essa declaração do presidente eleito fez com que os recibos de ações da companhia negociados na Bolsa de Nova York avançassem 40% na segunda (20/11).

Câmbio, estoque de dólares e juros

Milei, que é economista de formação, afirmou que, por enquanto, manterá a taxa de câmbio e não levantará a limitação ao estoque de dólar de bancos do país, imposta pelo governo do atual presidente, Alberto Fernández, para controlar o saldo da moeda americana. O objetivo da limitação, definida em outubro, é frear a desvalorização do peso e o avanço da inflação.

“Antes de levantar a limitação ao estoque do dólar, é preciso resolver o problema da Leliq (a taxa básica de juros do país, que está em 133% ao ano). Vamos tentar fazer isso o mais rápido possível, porque, se continuar assim, a sombra da hiperinflação estará aqui o tempo todo”, disse.

Dolarização

O presidente eleito da Argentina também confirmou nos últimos dias que levará a cabo o plano de dolarizar a economia do país. A medida, considerada radical por boa parte dos especialistas, é uma das propostas-chave da campanha de Milei, embora seja considerada de difícil execução. 

Banco Central

Ao dolarizar a economia, Milei confirmou que fechará o Banco Central da República Argentina (BCRA). A instituição é responsável pela execução da política monetária. Ou seja, ela usa os juros básicos (de curto prazo) para aquecer ou esfriar o mercado, dependendo do contexto inflacionário.

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