Nubank pode valer US$ 100 bilhões em 2026, diz Morgan Stanley
Com isso, valor de mercado do banco digital triplicaria em três anos, com venda cruzada de produtos e avanço no México e na Colômbia
atualizado
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Um relatório preparado por analistas do Morgan Stanley estima que o valor de mercado do Nubank pode aumentar quase três vezes até 2026, atingindo US$ 100 bilhões. Atualmente, a instituição financeira é avaliada em US$ 36 bilhões.
Para o Morgan Stanley, tal salto pode ser dado com a venda cruzada (cross-selling) de produtos para uma base de clientes que os analistas consideram “grande e fiel”. Eles também acreditam que o banco digital pode replicar seu modelo de negócio com sucesso no México e na Colômbia.
Nesses países, ainda de acordo com o relatório, o número de clientes do Nubank tem potencial de chegar a 45 milhões em cinco anos, com receitas que seriam equivalentes a um quarto das obtidas no Brasil. “O mercado está subestimando significativamente a capacidade do Nubank de entregar crescimento e rentabilidade”, dizem os analistas.
Para o Morgan Stanley, a venda cruzada de produtos no Brasil, como crédito pessoal, consignado e “buy now, pay later” (BNPL, ou compre agora, pague depois), pode engordar em US$ 43 bilhões o valor de mercado da companhia.
As operações no México e na Colômbia têm um potencial de adicionar mais US$ 22 bilhões à conta até 2026. Diante desse cenário, o Morgan Stanley recomendou a compra das ações do Nubank e elevou o preço-alvo do papel para o final de 2024 de US$ 11 para US$ 16. Na tarde desta quinta-feira (19/10), as ações do banco eram negociadas a US$ 8,20 na Bolsa de Nova York, registrando alta de 6,36%.
O valor de mercado de uma empresa é calculado com base no preço da ação na data do cálculo, multiplicado pela quantidade de ações em circulação no mesmo dia.