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Novo secretário de Haddad foi pivô da saída de Joaquim Levy do BNDES

Em 2019, a presença de Marcos Barbosa Pinto no BNDES irritou o presidente Bolsonaro. Agora, ele vai comandar a área de Reformas Econômicas

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Haddad anuncia em coletiva de imprensa os nomes que atuarão no Ministério da Fazenda a partir de 1° de Janeiro de 2023 - Metropoles
1 de 1 Haddad anuncia em coletiva de imprensa os nomes que atuarão no Ministério da Fazenda a partir de 1° de Janeiro de 2023 - Metropoles - Foto: Breno Esaki/Especial Metrópoles

O advogado Marcos Barbosa Pinto foi indicado na tarde desta quinta-feira (22/12) pelo futuro ministro Fernando Haddad para comandar a área de Reformas Econômicas, hoje chamada de Secretaria de Acompanhamento Econômico, do Ministério da Fazenda.

Barbosa Pinto já trabalhou com o petista no Ministério da Educação. Ali, foi um dos responsáveis pela elaboração do “Programa Universidade Para Todos” (Prouni), que promove o acesso às universidades particulares de estudantes de baixa renda.

Ele também foi diretor de Mercados de Capitais do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). No cargo, ganhou grande notoriedade ao atuar, ainda que involuntariamente, como o pivô da demissão de Joaquim Levy da presidência do órgão, em 2019.

À época, o presidente Jair Bolsonaro irritou-se com o fato de Levy ter escolhido Barbosa Pinto para o cargo. Isso por ele ter sido um colaborador em gestões petistas. Na ocasião, Bolsonaro exigiu que Levy demitisse o auxiliar. O presidente chegou a dizer que Levy estava “com a cabeça a prêmio”.

“Eu já estou por aqui com o Levy. Falei para ele: ‘Demita esse cara na segunda-feira ou demito você sem passar pelo Paulo Guedes'”, disse Bolsonaro, na época.

Diante do conflito público, Barbosa Pinto decidiu entregar uma carta de renúncia ao cargo de diretor do BNDES. No documento, divulgado publicamente, o advogado alegou que deixaria o cargo em razão do “descontentamento manifestado pelo presidente”.

“É com pesar que entrego essa carta, logo após ter tomado posse, mas não quero continuar no cargo diante do descontentamento manifestado pelo presidente da República com minha nomeação. Tenho muito orgulho da carreira que construí ao longo dos anos, seja na academia, no governo ou no mercado financeiro. Dada minha experiência, achei que poderia contribuir para implementar as reformas econômicas de que o país precisa”, escreveu, à época.

No dia seguinte à divulgação da carta do então diretor, Joaquim Levy também decidiu entregar um pedido de renúncia ao posto de diretor do BNDES ao ministro Paulo Guedes.

Haddad, naquele momento, publicou no Twitter um elogio ao, agora, futuro secretário. Ele escreveu: “Marcos Barbosa Pinto me assessorou na formatação de dois projetos de lei: Prouni e PPP. Sua contribuição técnica foi inestimável para o sucesso destas iniciativas. Bozo não conseguiria conviver com tanto talento!”.

Barbosa Pinto é formado e doutorado em Direito pela Universidade de São Paulo (USP), mestre em Direito pela Faculdade de Yale (Estados Unidos) e ex-consultor do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

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