Nos EUA, pedidos de auxílio-desemprego caem a menor nível desde 2022
Pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos recuaram para 187 mil, o que aumenta incerteza do mercado em relação ao corte de juros
atualizado
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Os novos pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos recuaram para 187 mil (queda de 16 mil) na semana encerrada no dia 13 de janeiro. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (18/1) pelo Departamento do Trabalho do governo americano.
É o patamar mais baixo de pedidos de auxílio-desemprego registrado no país desde setembro de 2022.
O resultado veio bem abaixo das estimativas dos analistas. Segundo o consenso Refinitiv, que reúne as principais projeções do mercado, os pedidos de auxílio-desemprego ficariam em 207 mil no período.
A média móvel de quatro semanas foi de 203.250 pedidos, um recuo de 4.750 ante a semana anterior.
Impacto sobre o Federal Reserve
A força do mercado de trabalho nos EUA é um dos componentes considerados pelo Federal Reserve (Fed, o Banco Central americano) para definir a taxa de juros e esfriar a demanda na economia para combater a inflação.
Analistas temem que uma possível aceleração do mercado de trabalho nos EUA leve a um novo aperto da política monetária pelo Fed. Nesse sentido, a queda acima do esperado dos pedidos de seguro-desemprego pode ser interpretada como uma má notícia.
Na última reunião do Comitê de Política Monetária do Fed, a taxa de juros foi mantida no patamar de 5,25% a 5,5% ao ano – a maior em 22 anos. Nas últimas 15 reuniões do Fomc, houve elevação dos juros em 11 e manutenção da taxa em quatro.
Na terça-feira (16/1), Christopher Waller, um dos diretores da autoridade monetária, afirmou que os juros na maior economia do mundo devem recuar 0,75 ponto percentual em 2024, com três possíveis cortes de 25 pontos-base durante o ano.
A elevação da taxa de juros é o principal instrumento dos bancos centrais para conter a inflação.