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Poupança, CDB, títulos públicos: onde investir com a queda da Selic

Desde agosto, os juros caíram 3 pontos percentuais. A pergunta é se essa redução já foi suficiente para alterar a lógica dos investimentos

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1 de 1 Imagem colorida mostrando as mãos de uma pessoa mexendo na tela do computador, que exibe dados e gráficos sobre o desempenho de ações na bolsa de valores - Metrópoles - Foto: Getty Images

Em sete meses, o Banco Central (BC) reduziu em três pontos percentuais a Selic. Entre 2 agosto de 2023 e esta quarta-feira (20/3), a taxa passou de 13,75% para 10,75%. Em tese, a queda de 3 pontos percentuais poderia ter alterado a lógica de investimentos por parte de pessoas físicas, aumentando e reduzindo a atratividade de alguns ativos. Ocorre que, para boa parte dos especialistas do mercado, a redução dos juros ainda não foi suficiente para tamanha mudança. 

Para Rafael Passos, analista e sócio da Ajax Asset Management, os investimentos com renda fixa, como CDB e títulos pré-fixados, “permanecem muito fortes”, apesar dos cortes da Selic. “Enquanto a taxa de juros estiver em dois dígitos, ou mesmo, em torno de 9,5%, essa atratividade não vai diminuir”, diz Passos.

Ana Paula Carvalho, planejadora financeira e sócia da AVG Capital, tem a mesma opinião. “Para um prazo mais curto de até um ano, ainda valem a pena os papéis pós-fixados, em especial a LCA (Letras de Crédito do Agronegócio), Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e fundos de infraestrutura atrelados ao CDI, que são aplicações isentas de Imposto de Renda para a pessoa física”, afirma.

Renan Suehasu, planejador financeiro e sócio da A7 Capital, observa que, para os investidores que acreditam que o BC irá promover cortes dos juros superiores aos esperados pelo mercado, investir em ativos de renda fixa atrelados à inflação (como NTN-B, e Tesouro IPCA) pode ser uma “alternativa interessante”. Ele observa, porém, que essa não é uma “recomendação de investimentos”. “Para tomar uma decisão de alocação, outros critérios devem ser avaliados como prazos, objetivos e perfil”, diz.

Influência externa

Ângelo Belitardo, gestor da Hike Capital, destaca que o cenário de investimentos não depende apenas da Selic. Para ele, a definição dos juros nos Estados Unidos, assim como incertezas sobre o comportamento da dívida pública e os gastos do governo brasileiro também devem entrar nessa conta. 

Ele nota, contudo, que algumas classes de ativos devem ser observadas de perto pelos investidores. Esse é o caso da renda fixa, com foco em títulos de crédito privado de empresas com boa classificação de risco, que pertencem a setores resilientes da economia e com balanço patrimonial sólido.

Compare a rentabilidade

Vitor Wolfgram, analista de renda fixa da Levante Inside, preparou uma comparação da rentabilidade de diversos investimentos (veja abaixo), considerando a redução da Selic para 10,25%.

Para fazer a análise, Wolfgram, considerou os seguintes parâmetros:

Estimativa de TR: com base nos últimos 12 meses
Estimativa de CDI: com base no contrato de DI Futuro
Estimativa de SELIC: com base no contrato de DI Futuro
Estimativa de Inflação: com base no último Boletim Focus
Imposto de Renda: com base na tabela regressiva de IR
CDB IPCA+: taxa oferecida pelo C6 Bank em 26/01
CDB Pré-fixado: taxa oferecida pelo C6 Bank em 26/01

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