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“Ninguém sabe o que aconteceu com a Americanas”, diz Luiza Trajano

“Eu não sei e não quero saber, a não ser que tivesse uma pessoa lá dentro que me contasse”, diz Luiza Trajano, do Magalu, sobre a Americanas

atualizado

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Luiza Trajano
1 de 1 Luiza Trajano - Foto: Divulgação

A empresária Luiza Trajano, presidente do Conselho de Administração do Magazine Luiza, disse que ainda não está claro para o mercado o que, de fato, aconteceu com a Americanas, gigante do varejo brasileiro que está em recuperação judicial, vivendo a maior crise de sua história, desde que veio à tona um rombo contábil bilionário, no início deste ano.

“Já vi muita empresa quebrar na minha trajetória no varejo: Casa Centro, Arapuã, Mappin, Mesbla, Modelar… Eu proíbo (os funcionários) de falarem dos concorrentes. Mesmo com investidor, sempre foi assim. Acho muito desagradável”, afirmou Trajano, na terça-feira (24/10), durante um evento em São Paulo sobre a proteção de dados do varejo.

“Mas, até agora, ninguém sabe o que aconteceu com a Americanas. Eu não sei e não quero saber, a não ser que tivesse uma pessoa lá de dentro que me contasse. O que existe é um nível de fofoca muito grande”, disse a empresária.

Para Luiza Trajano, a crise na Americanas afetou todo o varejo brasileiro. “Foi muito pesado o que aconteceu. As auditorias agora estão morrendo de medo de tudo”, afirmou.

“Todo esse episódio faz a gente repensar o que está fazendo, sempre procurando melhorar. Nos últimos dois anos, tivemos um grande crescimento na pandemia, incorporando novas pessoas. É importante rever os processos sempre”, prosseguiu Trajano.

A empresária disse, ainda, que o Magazine Luiza é muito “rígido” em relação à governança corporativa. “Não importa se você tem 19 anos ou um ano de empresa: se não respeitou o código de governança, está fora”, disse.

No início de 2023, foi descoberto um rombo contábil bilionário nos balanços financeiros da Americanas, estimado inicialmente em R$ 20 bilhões. Recentemente, a CPI da Câmara dos Deputados que investigou o episódio chegou ao fim sem apontar os responsáveis pela possível fraude. O caso também é investigado pelo Ministério Público Federal (MPF) e pela Polícia Federal.

Derrocada das ações do Magalu

Luiza Trajano também foi questionada sobre o tombo das ações do Magazine Luiza na Bolsa de Valores do Brasil (B3).

Como mostrou reportagem publicada pelo Metrópoles, os papéis da companhia tiveram um derretimento de 93,5% em um período de 35 meses, atingindo o menor patamar em seis anos, desde 2017.

Na sessão de terça, as ações do Magalu fecharam em baixa de 6,62%, negociadas a R$ 1,41.

Para Luiza Trajano, a varejista “está apanhando muito na Bolsa” porque “sempre acreditou em loja física”.

“O Magazine Luiza cresceu em crise e, quando a gente não cresce, a gente solidifica o crescimento. Crescemos muito nesses três ou quatro anos, mais do que eu poderia até pensar, que a gente chegaria a faturar R$ 60 bilhões”, afirmou a empresária. “Entra crise, sai crise, o importante é sobreviver. Aprendi muito mais em crises.”

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