Negócio de luxo: dona da Gucci compra participação na Valentino
Kering, grupo francês dono da Gucci, comprou 30% da Valentino por 1,7 bilhão de euros. Setor de luxo vive momento de alta nos últimos anos
atualizado
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A Kering, grupo de luxo francês dono da marca Gucci, fechou a compra de participação acionária na grife italiana Valentino. O acordo foi comunicado ao mercado na noite de quinta-feira (28/7).
O negócio inclui 30% de participação na Valentino, por 1,7 bilhão de euros, e opção de compra de 100% até 2028.
Além da Gucci, a Kering é dona de marcas de luxo como Saint Laurent e Balenciaga. No mês passado, o grupo já havia fechado a compra da fabricante de perfumes Creed, após anos sem movimentações no mercado.
A Valentino, fundada em 1957 por Valentino Garavani, tem hoje como controlador o grupo Mayhoola, do Catar, que adquiriu fatia na companhia em 2012, por 600 milhões de euros.
A compra de fatia da Valentino pela Kering inclui um movimento de aproximação entre o grupo francês e o Mayhoola, que pode envolver novos negócios no futuro, segundo a empresa. Em comunicado sobre a compra, a Kering informou que o negócio faz parte de uma “parceria estratégica mais ampla” com o grupo do Catar.
O mercado de luxo viveu momento de pico nos últimos anos, com a crise da pandemia afetando em menor grau as compras de alto padrão. Os conglomerados do setor também têm cada vez mais concentrado as operações com fusões e aquisições envolvendo marcas conhecidas.
Em símbolo do momento do setor nos últimos anos, um dos rivais da Kering, o também francês LVMH (dono da Louis Vuitton, entre outras marcas) viu as ações dispararem mais de 180% em cinco anos.
Com as movimentações, o LVMH se tornou a empresa mais valiosa da Europa. A alta fez o dono e presidente do grupo, Bernard Arnault, chegar ao posto de homem mais rico do mundo – que hoje reveza com o presidente da Tesla, Elon Musk, a depender das cotações de suas empresas na semana.