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“Não estamos deixando dinheiro na mesa”, diz Prates sobre Petrobras

O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, defendeu que gestão da estatal não tem sido “leniente” ao aplicar nova política de preço

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Imagem colorida de Jean Paul Prates, sentado em uma mesa e de terno, em parede com logotipo da Petrobras - Metrópoles
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O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, disse nesta sexta-feira (4/8) que a estatal está atenta à alta do petróleo no mercado internacional, mas que não está “perdendo dinheiro” com sua atual política de preços.

O executivo falou a jornalistas em meio à divulgação dos resultados financeiros do segundo trimestre, anunciados ao mercado na véspera.

“Estamos atentíssimos a isso”, disse Prates sobre os preços da estatal. “Não estamos sendo lenientes em momento algum em relação à política de preço e à rentabilidade da empresa.”

Sob sua nova política de preços, alterada em maio, a Petrobras aproveitou o momento de petróleo mais barato e cortou três vezes o valor da gasolina em suas refinarias, uma queda de mais de 20%. O preço do diesel foi cortado uma vez, em redução de quase 13%.

Agora, há dúvidas sobre se a empresa, se necessário, também repassará as altas vistas nos preços internacionais. O barril de petróleo do tipo Brent, que estava em pouco mais de US$ 70 no começo de junho, é cotado hoje acima de US$ 85.

Prates também se pronunciou sobre uma fala do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, que gerou repercussão após Silveira afirmar à Globonews que os preços da Petrobras estavam “no limite”.

Prates disse que há mudanças no cenário de preços “a todas as horas”, a depender das flutuações e do tipo de produto, e que a estatal tem precificado os insumos usando “as vantagens competitivas do parque da Petrobras em favor do Brasil”.

“Não estamos deixando dinheiro na mesa, não estamos perdendo dinheiro com essa política. Estamos sabendo fazer a compensação, e o intervalo em que nós estamos operando é seguro para cada um dos produtos”, disse Prates.

Mais cedo nesta sexta-feira, membros da diretoria da Petrobras disseram, em teleconferência com investidores, que a empresa não repassará a “volatilidade” dos mercados internacionais imediatamente.

“O que estamos vivendo é grande incerteza em relação à demanda global”, disse a analistas Claudio Romeo Schlosser, diretor de Comercialização e Mercados da Petrobras. “Quando necessário, reajustes de preço serão implementados”, disse Schlosser.

Resultados da Petrobras

Na quinta-feira (3/8), a Petrobras anunciou seus resultados do segundo trimestre, com um lucro líquido de R$ 28,78 bilhões, queda de 47% frente ao mesmo período de 2022. A receita da estatal também caiu 19% na comparação anual, para R$ 113,8 bilhões no trimestre. A Petrobras afirmou que o resultado ficou dentro do esperado e que a variação vem do cenário específico de 2022, com o auge dos preços após o início da guerra na Ucrânia.

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