“Não está havendo intervencionismo na Petrobras”, diz Prates
Para o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, foi o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, e não o atual, que interferiu na estatal
atualizado
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Em meio à preocupação generalizada no mercado sobre uma possível interferência do governo federal na Petrobras, o presidente da estatal, Jean Paul Prates, afirmou nesta quinta-feira (2/3), em entrevista coletiva no Rio de Janeiro, que não há qualquer tipo de ingerência sobre a companhia.
Na quarta-feira (1º/3), o Ministério de Minas e Energia pediu à Petrobras a suspensão, por 90 dias, da venda de ativos, para uma “reavaliação” da atual política energética. O mercado também se assustou com as declarações da presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, que defendeu a revisão da distribuição de dividendos aos acionistas da Petrobras.
“O governo, em momento nenhum, chegou para mim e disse: ‘faça isso ou faça aquilo’. Não está havendo nenhum grau de intervencionismo na Petrobras. Tudo está sendo conversado, como ocorre com qualquer acionista controlador. E vamos continuar trabalhando assim”, disse Prates.
Para o presidente da Petrobras, foi o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), e não o atual, que interferiu na estatal.
“Quem era intervencionista era o governo anterior, que mandava a Petrobras praticar esse PPI (Preço de Paridade Internacional) para ajudar o importador, mesmo sem ter necessidade”, criticou. “O importador é meu competidor. Se é mercado, vamos jogar o jogo do mercado. Mas me obrigar a praticar o preço do concorrente? Não faz nenhum sentido.”