Moody’s eleva nota de crédito do Brasil e mantém perspectiva positiva
Agência de classificação de risco destacou “desempenho robusto do crescimento do PIB e o histórico recente de reformas econômicas e fiscais”
atualizado
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A agência de classificação de riscos Moody’s elevou a nota de crédito soberano do Brasil de Ba2 para Ba1, mantendo a perspectiva de avaliação (rating, no jargão) positiva. Essa revisão ocorre poucos meses após a agência ter atribuído a perspectiva positiva ao rating do país, em maio de 2024. Agora, o Brasil está a um passo do grau de investimento pela Moody’s, nível que indica alta capacidade de um país ou empresa em honrar débitos.
Em seu comunicado, a agência Moody’s menciona a melhora significativa no crédito do país, que se deve ao desempenho robusto do crescimento do PIB e ao histórico recente de reformas econômicas e fiscais. Nesse contexto, a agência chama a atenção para a relevância do compromisso com as metas fiscais e com a trajetória de estabilização da dívida/PIB, considerando esses fatores fundamentais para a perspectiva positiva do novo rating.
Ao mencionar a importância das várias reformas recentes para a melhora nas expectativas de crescimento do país no médio prazo, a agência destacou a reforma tributária, que aprimorará o ambiente de negócios e a alocação de recursos, aumentando o potencial de crescimento a longo prazo. Além dela, a agenda de transição energética do governo é destacada como um fator que atrai investimentos privados e reduz a vulnerabilidade do país a choques climáticos.
Em relação ao tema fiscal, a Moody’s espera uma melhora gradual nos resultados primários do governo, alinhada às metas fiscais para os próximos três anos. Essa expectativa se baseia nos esforços para aumentar as receitas e nas iniciativas de corte de despesas. Segundo a agência, embora a dívida e as despesas com juros sejam consideradas elevadas, o Brasil possui expressivos ativos líquidos e se financia principalmente em moeda local no mercado doméstico.
Nota publicada pelo Ministério da Fazenda diz que a elevação da nota de crédito pela Moody’s “reflete o reconhecimento dos avanços nas contas públicas, de um cenário propício ao crescimento e da solidez dos fundamentos da economia brasileira”.