Meta vai demitir 10 mil em nova rodada de cortes, diz jornal
“Isso vai ser difícil e não há como fugir”, escreveu o CEO da Meta, Mark Zuckerberg; em novembro, 11 mil funcionários foram demitidos
atualizado
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A Meta, dona do Facebook, deve demitir mais 10 mil funcionários em uma nova rodada de cortes, a segunda em menos de seis meses. As informações foram publicadas pelo The Wall Street Journal.
Desde o mês passado, há rumores sobre um novo processo de demissões em massa na companha. Além do Facebook, a Meta é proprietária do WhatsApp e do Instagram.
De acordo o jornal, o CEO da Meta, Mark Zuckerberg, teria decidido enxugar a equipe e cancelar alguns projetos de “menor prioridade” que estavam em andamento, em nome do que ele tem chamado de “o ano da eficiência” na empresa.
As equipes de recrutamento devem ser as primeiras a entrar na lista de demissões. O setor de tecnologia deve ser reestruturado a partir de abril e, no mês seguinte, será a vez da equipe de negócios.
“Isso vai ser difícil e não há como fugir”, escreveu Zuckerberg em e-mail obtido pelo jornal. “Minha esperança é fazer essas mudanças organizacionais o mais rápido possível neste ano, para que possamos superar esse período de incerteza e focar no trabalho crítico que temos pela frente.”
Queda na receita de publicidade
Em novembro de 2022, em meio à crise das big techs, a Meta demitiu mais de 11 mil funcionários (13% de sua força de trabalho global, na época).
No auge da pandemia de Covid-19, um período de bonança para as big techs, a companhia aumentou em 30% o quadro de funcionários, em 2020, e 23%, em 2021. Na rodada de cortes de novembro do ano passado, a Meta contava com 87 mil funcionários.
Assim como outros gigantes do setor de tecnologia, a Meta sofreu uma drástica redução em sua receita de publicidade e registrou a primeira queda anual de vendas em 2022.
Para 2023, a estimativa de despesas da dona do Facebook gira em torno de US$ 89 bilhões a US$ 95 bilhões (R$ 467 bilhões a R$ 499 bilhões).