metropoles.com

Mercado volta a subir estimativa de inflação para 2023 e 2024

Inflação deve terminar este ano em 5,78%, segundo a nova edição do Relatório Focus, do Banco Central; economistas baixam projeção para o PIB

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Rafaela Felicciano/Metrópoles
Fachada do Banco Central em brasília
1 de 1 Fachada do Banco Central em brasília - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Os analistas do mercado financeiro consultados pelo Banco Central (BC) voltaram a elevar as estimativas de inflação para 2023 e 2024. É o que mostra o Relatório Focus, divulgado nesta segunda-feira (6/2).

De acordo com o relatório, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país, deve terminar este ano em 5,78% – a projeção da semana passada era de 5,74%. É a oitava semana consecutiva de alta.

Segundo o Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta de inflação para este ano é de 3,25%. Como há um intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, a meta será cumprida se ficar entre 1,75% e 4,75%.

Os economistas ouvidos pelo BC também aumentaram a estimativa de inflação para 2024 (de 3,9% para 3,93%) e mantiveram a de 2025 (3,5%).

Em 2022, o Brasil teve inflação acumulada de 5,79%, acima do teto da meta estipulada pelo governo federal pelo segundo ano consecutivo.

9 imagens
Em outras palavras, se há  aumento da inflação, o dinheiro passa a valer menos. A principal consequência é a perda do poder de compra ao longo do tempo, com o aumento dos preços das mercadorias e a desvalorização da moeda
Existem várias formas de medir a inflação, contudo, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é o mais comum deles
No Brasil, quem realiza a previsão da inflação e comunica a situação dela é o Banco Central. No entanto, para garantir a idoneidade das informações, a pesquisa dos preços de produtos, serviços e o cálculo é realizado pelo IBGE, que faz monitoramento nas principais regiões brasileiras
De uma forma geral, a inflação pode apresentar causas de curto a longo prazo, uma vez que tem variações cíclicas e que também pode ser determinada por consequências externas
No entanto, o que influencia diretamente a inflação é: o aumento da demanda; aumento ou pressão nos custos de produção (oferta e demanda); inércia inflacionária e expectativas de inflação; e aumento de emissão de moeda
1 de 9

Inflação é o termo da economia utilizado para indicar o aumento generalizado ou contínuo dos preços de produtos ou serviços. Com isso, a inflação representa o aumento do custo de vida e a consequente redução no poder de compra da moeda de um país

KTSDESIGN/SCIENCE PHOTO LIBRARY / Getty Images
2 de 9

Em outras palavras, se há aumento da inflação, o dinheiro passa a valer menos. A principal consequência é a perda do poder de compra ao longo do tempo, com o aumento dos preços das mercadorias e a desvalorização da moeda

Olga Shumytskaya/ Getty Images
3 de 9

Existem várias formas de medir a inflação, contudo, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é o mais comum deles

Javier Ghersi/ Getty Images
4 de 9

No Brasil, quem realiza a previsão da inflação e comunica a situação dela é o Banco Central. No entanto, para garantir a idoneidade das informações, a pesquisa dos preços de produtos, serviços e o cálculo é realizado pelo IBGE, que faz monitoramento nas principais regiões brasileiras

boonchai wedmakawand/ Getty Images
5 de 9

De uma forma geral, a inflação pode apresentar causas de curto a longo prazo, uma vez que tem variações cíclicas e que também pode ser determinada por consequências externas

Eoneren/ Getty Images
6 de 9

No entanto, o que influencia diretamente a inflação é: o aumento da demanda; aumento ou pressão nos custos de produção (oferta e demanda); inércia inflacionária e expectativas de inflação; e aumento de emissão de moeda

selimaksan/ Getty Images
7 de 9

No bolso do consumidor, a inflação é sentida de formas diferentes, já que ela não costuma agir de maneira uniforme e alguns serviços aumentam bem mais do que outros

Adam Gault/ Getty Images
8 de 9

Isso pode ser explicado pela forma de consumo dos brasileiros. Famílias que possuem uma renda menor são afetadas, principalmente, por aumento no preço de transporte e alimento. Por outro lado, alterações nas áreas de educação e vestuário são mais sentidas por famílias mais ricas

Javier Zayas Photography/ Getty Images
9 de 9

Ao contrário do que parece, a inflação não é de todo mal. Quando controlada, é sinal de que a economia está bem e crescendo da forma esperada. No Brasil, por exemplo, temos uma meta anual de inflação para garantir que os preços fiquem controlados. O que não pode deixar, na verdade, é chegar na hiperinflação - quando o controle de todos os preços é perdido

coldsnowstormv/ Getty Images

 

Selic

Em relação à taxa básica de juros da economia, a Selic, o mercado financeiro manteve a estimativa para 2023, de 12,5% ao ano.

Para 2024, a projeção aumentou de 9,5% ao ano para 9,75% ao ano. A estimativa de 2025 subiu de 8,5% para 9% ao ano.

Em reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) na semana passada, a Selic foi mantida em 13,75% ao ano.

A Selic segue no maior nível desde janeiro de 2017, quando também estava em 13,75% ao ano. Foi a quarta reunião consecutiva em que o Copom não alterou a taxa de juros – que permanece nesse nível desde agosto.

A taxa básica de juros é o principal instrumento do BC para controlar a inflação. A Selic é utilizada nas negociações de títulos públicos emitidos pelo Tesouro Nacional no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas da economia.

PIB

Segundo o Focus, o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil para 2023 deve ter crescimento de 0,79%, o que representa ligeira redução em relação à estimativa da semana anterior (alta de 0,8%).

Já para 2024, a previsão de crescimento da economia brasileira permaneceu estável em 1,5%.

Dólar

Os analistas consultados pelo BC mantiveram a projeção para o dólar em 2023, em R$ 5,25. Para 2024, a estimativa continuou em R$ 5,30.

Relatório Focus

O Relatório Focus resume as estatísticas calculadas, considerando as expectativas de mercado coletadas até a sexta-feira anterior à sua divulgação. O boletim é divulgado sempre às segundas-feiras.

O documento traz a evolução gráfica e o comportamento semanal das projeções para índices de preços, atividade econômica, câmbio, taxa Selic, entre outros indicadores. As projeções são do mercado, não do BC.

Todos os direitos reservados

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNegócios

Você quer ficar por dentro das notícias de negócios e receber notificações em tempo real?