Mercado reduz estimativa de inflação e aumenta projeção do PIB em 2023
Previsão para o IPCA caiu de 5,96%, na semana passada, para 5,93%, nesta semana. No mesmo período, PIB passou de 0,88% para 0,90%
atualizado
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Os cerca de 150 analistas do mercado financeiro consultados pelo Banco Central (BC) reduziram pela segunda semana consecutiva a estimativa de inflação para 2023. É o que mostra o Relatório Focus, divulgado nesta segunda-feira (20/3).
De acordo com o boletim, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país, deve terminar este ano em 5,93% – a projeção da semana passada era de 5,95% e, na anterior, de 5,96%. Há quatro semanas o valor era de 5,90%.
As previsões em torno da inflação de 2024, contudo, aumentaram. Estavam em 4,11% há uma semana e, agora, ficaram em 4,13%.
PIB
De acordo com o Focus, o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil para 2023 deve ter crescimento de 0,90%, o que representa uma ligeira elevação em relação à estimativa da semana anterior (alta de 0,88%). Há duas semanas, contudo, a projeção era de 0,89%.
Já para 2024, a previsão de crescimento da economia brasileira recuou de 1,47% para 1,40%. Em 2025, o país deve crescer 1,71% (ante 1,70% da estimativa da semana passada e 1,8%, na anterior).
Selic
Em relação à taxa básica de juros da economia, a Selic, o mercado financeiro manteve a estimativa para 2023, de 12,75% ao ano. Para 2024, a projeção é de 10% ao ano. Ambas as previsões permanecem inalteradas nas últimas semanas.
A taxa básica de juros é o principal instrumento do BC para controlar a inflação. A Selic é utilizada nas negociações de títulos públicos emitidos pelo Tesouro Nacional no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas da economia.
Dólar
Os analistas consultados pelo BC também não alteraram a projeção para o dólar em 2023, que ficou em R$ 5,25. Para 2024, a estimativa segue em R$ 5,30.
Relatório Focus
O Relatório Focus é um resumo estatístico das projeções feitas por cerca de 150 analistas do mercado financeiro, a partir das expectativas coletadas até a sexta-feira anterior à sua divulgação. O boletim é divulgado sempre às segundas-feiras.