Mercado aumenta projeção de déficit do governo para 2023 e 2024
Piora da perspectiva das contas públicas consta em relatório do Ministério da Fazenda, feito com base em pesquisa com agentes econômicos
atualizado
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O mercado elevou as projeções para o rombo nas contas públicas do governo federal de 2023 e 2024. A estimativa, sempre considerando a mediana, para o déficit primário deste ano passou de R$ 106,5 bilhões, em setembro, para R$ 110,1 bilhões, em outubro. Para o ano que vem, o valor foi de R$ 83 bilhões para R$ 84,3 bilhões, considerando os mesmos meses.
Os dados fazem parte do Prisma Fiscal de outubro, divulgado nesta sexta-feira (13/10) pelo Ministério da Fazenda. Eles tomam como base indicações de instituições financeiras, consultorias e gestoras de recursos. Os números foram coletados entre 11 de setembro e 6 de outubro. O déficit primário é a diferença negativa da relação entre receitas e gastos do governo, sem contar as despesas com o pagamento de juros.
A estimativa para a dívida bruta do governo geral (DBGG), principal indicador do estoque de endividamento público, apresentou uma leve queda. Ela passou de 76,12% para 76% no fim deste ano. O número é medido em relação ao PIB. Para 2024, a estimativa passou de 79,11% para 79%.
A expectativa para a arrecadação federal de 2023 caiu. Ela passou de R$ 2,349 trilhões para R$ 2,336 trilhões. No caso das receitas líquidas, a projeção variou de R$ 1,92 trilhão para R$ 1,91 trilhão. Já a previsão de despesas totais do governo federal teve ligeira alta, passando de R$ 2,02 trilhões para R$ 2,022 trilhões.
Para 2024, as projeções para a arrecadação ficaram em R$ 2,527 trilhões, ante R$ 2,532 trilhões no mês passado. As receitas líquidas passaram de R$ 2,082 trilhões para R$ 2,081 trilhões e as despesas totais aumentaram para R$ 2,173 trilhões, em relação aos R$ 2,171 trilhões projetados no levantamento anterior.