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Mercadante sobre taxa de juros: “Estamos completamente fora da curva”

Em entrevista coletiva após anunciar medidas para fortalecer indústria, Aloizio Mercadante, do BNDES, criticou taxa de juros a 13,75% ao ano

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Marcelo Camargo/ Agência Brasil
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1 de 1 imagem colorida presidente BNDES Aloizio Mercadante - Metrópoles - Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil

O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, defendeu a queda da taxa básica de juros da economia (a Selic), atualmente em 13,75% ao ano.

Em entrevista coletiva na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), na capital paulista, após anunciar a abertura de linhas de financiamento para incentivar a indústria brasileira (veja mais detalhes aqui), Mercadante disse que a Selic nesse patamar não se justifica diante da desaceleração da inflação no país.

“Nós tivemos uma taxa muito baixa por muito tempo. Só que, em 18 meses ela teve uma alta de 11,75%. Ela subiu muito rápido. E nós já estamos com essa taxa de 13,75% há 10 meses. É a maior taxa de juros do mundo e a nossa inflação é das menores. Com essa taxa, qual é o negócio que você consegue manter de pé?”, questionou Mercadante.

O presidente do BNDES disse que a taxa de juros ideal para o Brasil deveria estar “alinhada com outros países”. “Estamos completamente fora da curva. Espero que ela caia, caia rápido, caia de forma sustentada”, completou.

“O BNDES voltou”

Durante a entrevista coletiva, Mercadante disse que um dos principais objetivos de sua gestão à frente do BNDES é retomar o protagonismo do banco.

“O BNDES voltou. Nós queremos dobrar o tamanho do BNDES. Por isso, precisamos renegociar dividendos e de alguns instrumentos para captar mercado”, afirmou. “Estamos lutando para que esse banco volte a ser o que foi historicamente. Se a taxa de juros cair, vai ajudar muito. Mas nós não podemos ficar parados.”

Relação com Alckmin

Mercadante não economizou nos elogios ao vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, que também participará do seminário da Fiesp nesta tarde.

“O ministro da Indústria e Comércio é uma pessoa de diálogo, que ouve, articula, constrói. Estamos totalmente alinhados em cada passo que a gente dá”, disse.

“Ele (Alckmin) está ouvindo o chão da fábrica. Governo que não ouve a gente sabe no que dá. Nós construímos uma relação muito forte e próxima”, relatou Mercadante.

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