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Mercadante faz apelo ao TCU por parcelamento de recursos pelo BNDES

BNDES pede uma divisão de R$ 22,6 bilhões em oito parcelas anuais de R$ 2,9 bilhões. A proposta enfrenta resistência no TCU

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1 de 1 imagem colorida presidente BNDES Aloizio Mercadante - Metrópoles - Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil

O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, fez um apelo ao Tribunal de Contas da União (TCU) para que o órgão aprove a proposta de parcelamento da quantia que o banco precisa devolver à União.

O banco estatal pede uma divisão dos R$ 22,6 bilhões em oito parcelas anuais de R$ 2,9 bilhões. A proposta enfrenta resistência no TCU.

“Se tiver que fazer uma antecipação de R$ 22,6 bilhões agora, isso vai impactar a liquidez do banco. Nós teríamos que retardar aprovações e cortar desembolso”, afirmou Mercadante, em entrevista coletiva em São Paulo, nesta sexta-feira (17/11).

“Nós temos R$ 19,4 bilhões para governadores. Faz sentido o país parar metrô, estrada, investimentos estruturantes do governo do estado, para fazer uma antecipação que não tem nenhum impacto para o orçamento público? Isso não contribui com o superávit primário”, disse Mercadante.

“Os governadores precisam usar a capacidade de endividamento neste ano. Não podem passar para o ano que vem. Eles perdem esse financiamento e esse investimento”, alertou o presidente do BNDES.

Ameaça de suspensão de crédito para a agricultura

Na entrevista coletiva, Aloizio Mercadante disse, ainda, que uma decisão desfavorável ao BNDES no TCU implicaria cortes de crédito para setores importantes da economia brasileira, como a agricultura.

“Se isso for feito, nós vamos ter que suspender crédito para a agricultura. Já estou avisando antecipadamente para a bancada ruralista. Vai ter que cortar. Nós colocamos R$ 12 bilhões de recursos próprios para a agricultura”, afirmou Mercadante.

“Impactará também a micro, pequena e média empresa. Não há como manter as operações que estão em andamento. Impacta no enfrentamento da emergência climática. Faz sentido o Brasil paralisar atividades como essas?”, indagou o presidente do BNDES.

“Maior taxa de juros do mundo”

Apesar das recentes reduções da taxa básica de juros pelo Banco Central (BC), hoje em 12,25% ao ano, Mercadante afirmou que a Selic ainda é “a maior taxa de juros real da economia mundial”.

“Todo esse resultado que tivemos foi enfrentando a maior taxa de juros da economia mundial”, disse. “É por isso que o ministro da Fazenda (Fernando Haddad) defende um acordo com o TCU. É fundamental ter crédito porque a economia está desacelerando e o BNDES tem o papel de fazer uma política anticíclica”, disse Mercadante.

“Pela inteira sintonia com o Ministério da Fazenda, nós confiamos que teremos uma decisão favorável do TCU”, concluiu.

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