metropoles.com

Lula volta a criticar BC: “É uma vergonha esse aumento de juro”

“Este país tem uma cultura de viver com o juro alto que não combina com a necessidade de crescimento que temos”, disse Lula

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Reprodução/TV Brasil
Presidente Lula fala a governadores em encontro no Palácio do Planalto. Ele segura microfone, diante de bandeira do Brasil - Metrópoles
1 de 1 Presidente Lula fala a governadores em encontro no Palácio do Planalto. Ele segura microfone, diante de bandeira do Brasil - Metrópoles - Foto: Reprodução/TV Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a criticar o Banco Central (BC) nesta segunda-feira (6/2), durante a posse do novo presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante.

Lula disse que não há justificativa para que a taxa básica de juros da economia brasileira, a Selic, esteja no patamar atual de 13,75% ao ano.

“Não existe justificativa nenhuma para que a taxa de juros esteja em 13,5% (sic). É só ver a carta do Copom (Comitê de Política Monetária do BC) para a gente saber que é uma vergonha esse aumento de juro e a explicação que deram para a sociedade brasileira”, afirmou o chefe do Executivo.

“O problema não é a independência do Banco Central. É que este país tem uma cultura de viver com o juro alto que não combina com a necessidade de crescimento que temos”, prosseguiu Lula.

Na semana passada, em entrevista à RedeTV!, Lula já havia deixado clara sua insatisfação com a atual gestão do BC, presidido por Roberto Campos Neto.  Na ocasião, ele voltou a colocar em xeque a autonomia da instituição, deixando em aberto a possibilidade de rever o modelo quando terminar o mandato de Campos Neto.

“Quero saber do que serviu a independência do Banco Central. Eu vou esperar esse cidadão [Campos Neto] terminar o mandato dele para fazermos uma avaliação do que significou o BC independente”, disse Lula, na entrevista.

Questionado se poderia rever a autonomia do BC após o fim do mandato de Campos Neto, Lula respondeu: “Eu acho que pode, mas quero dizer que isso é irrelevante para mim. Isso é irrelevante, não está na minha pauta. O que está na pauta é a questão da taxa de juros”.

Em fevereiro de 2021, o então presidente Jair Bolsonaro sancionou o projeto que deu autonomia ao BC e, assim, limitou a influência do Executivo sobre as decisões relacionadas à política monetária.

Pela regra vigente desde então, os mandatos do chefe do BC e do titular do Palácio do Planalto não são mais coincidentes. O presidente do banco assume sempre no primeiro dia útil do terceiro ano de cada governo. Assim, o mandatário do país só pode efetuar troca no comando do BC a partir do segundo ano de gestão. No caso de Lula, isso só acontecerá em 2024.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNegócios

Você quer ficar por dentro das notícias de negócios e receber notificações em tempo real?