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Lula desconversa sobre déficit zero em 2024: “Me pergunta na 2ª feira”

Indagado por repórteres se o governo mudaria a meta fiscal, Lula saiu pela tangente: “Você me pergunta segunda-feira. Hoje é dia de Enem”

atualizado

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Hugo Barreto/Metrópoles @hugobarretophoto
Lula O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, reuniu os ministros na manhã desta sexta para uma reunião com foco em ações de infraestrutura
1 de 1 Lula O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, reuniu os ministros na manhã desta sexta para uma reunião com foco em ações de infraestrutura - Foto: <p>Hugo Barreto/Metrópoles<br /> @hugobarretophoto</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-geral-quadrado-1"></div></div> </p><div class=""><div id="teads-ad-1"></div><script type="text/javascript" class="teads" async="true" src="//a.teads.tv/page/68267/tag"></script> </div></p><div class="m-wrapper-banner-video"><div class="m-banner-video m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div class="MTP_VIDEO" id="publicidade-video"></div></div></div></p>

Cerca de 10 dias depois de ter colocado em dúvida a capacidade do governo de cumprir a meta de zerar o déficit primário em 2024, como determina o novo Marco Fiscal aprovado pelo Congresso, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi novamente questionado sobre o assunto.

Neste domingo (5/11), ao visitar a sede do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), em Brasília, no primeiro dia de aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), Lula foi indagado por repórteres se o governo mudaria a meta fiscal. E saiu pela tangente.

“(Sobre) A meta fiscal, você me pergunta segunda-feira. Hoje é dia de Enem”, desconversou o presidente da República.

Desde que afirmou que o governo, provavelmente, não zeraria o déficit no ano que vem, Lula se tornou alvo de críticas do mercado, que interpretou as declarações como uma indicação de que o Executivo pretende alterar a meta defendida pela equipe econômica, liderada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

Integrantes do próprio governo e do PT defendem que a meta seja alterada, abrindo espaço para um déficit de 0,5% a 0,75% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2024.

Haddad, por sua vez, espera que o governo não faça mudanças pelo menos até março do ano que vem, quando sai o Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas Primárias. A partir daí, o governo saberá se terá receita suficiente para cobrir as despesas previstas.

Em café da manhã com jornalistas, no fim de outubro, Lula admitiu que “dificilmente” o seu governo cumprirá a meta de déficit zero no ano que vem.

“Tudo que a gente puder fazer para cumprir a meta fiscal, a gente vai fazer. O que posso dizer é que ela não precisa ser zero. A gente não precisa disso. Eu não vou estabelecer uma meta fiscal que me obrigue a começar o ano fazendo um corte de bilhões nas obras que são prioritárias neste país”, disse o presidente, na ocasião.

Neste domingo, ao falar sobre a prova do Enem, Lula brincou com os jornalistas e disse que, no futuro, poderia participar da prova para ter mais chances de entrar em uma faculdade de Economia, “um curso de gente muito sabida”.

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