Lucro da Eletrobras cresce 21% e alcança R$ 4,4 bilhões em 2023
No primeiro ano de resultados completos pós-privatização, empresa vai pagar dividendos de R$ 1,2 bilhão, 39% a mais do que em 2022
atualizado
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A Eletrobras registrou lucro de R$ 4,4 bilhões em 2023. O resultado foi 21% superior ao obtido no ano anterior, quando a companhia reportou ganhos de R$ 3,6 bilhões. Esse foi o primeiro ano de resultados da companhia depois da privatização, em junho de 2022. Os números fazem parte do balanço da empresa, divulgado nesta quinta-feira (14/3).
De acordo com a companhia, o lucro foi impulsionado por cortes de custos, pela simplificação da estrutura administrativa e pela alta nas receitas de transmissão. Com o resultado, a Eletrobras vai distribuir aos acionistas R$ 1,296 bilhão em dividendos. O valor é 39% maior que os R$ 863,4 milhões, referentes ao ano de 2022.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) somou R$ 17 bilhões em 2023, o num crescimento de 49% sobre o ano anterior. A companhia investiu R$ 9 bilhões no ano passado, quantia 74% superior aos R$ 5,2 bilhões aportados em 2022. O número de funcionários da empresa caiu de 9.670, em 2022, para 7.911 em 2023.
A Eletrobras tem um portfólio de 100 usinas, sendo 47 hidrelétricas, 43 eólicas, 9 térmicas e uma solar. A capacidade instalada total atingiu 44.654 megawatts (MW) no quarto trimestre de 2023, o que representou 22% do total no Brasil.
O presidente da Eletrobras, Ivan Monteiro, atribuiu o resultado positivo ao novo modelo de gestão da companhia. “Tem gerado resultados consistentes, pautados na disciplina de capital, eficiência operacional, foco no cliente e um aumento importante na capacidade de investimentos”, disse, por meio de nota.
Privatização
A empresa foi privatizada em junho de 2022. Na ocasião, o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) promoveu um aumento de capital, colocando ações da companhia à venda no mercado. A participação da União no negócio caiu de 65% para 42% e o governo federal perdeu o controle acionário da Eletrobras. com o poder de voto reduzido a 10%.