Lucro do BNDES cai 45% no primeiro semestre
Já o total de desembolsos para todos os setores da economia atingiu R$ 40,6 bilhões, um crescimento de 21,6%, na comparação com 2022
atualizado
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O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) registrou um lucro líquido recorrente de R$ 3,7 bilhões, no primeiro semestre de 2023. A quantia representa uma queda de 45%, na comparação com o mesmo período de 2022, quando alcançou R$ 6,7 bilhões. Os dados constam do balanço da instituição, divulgado nesta quarta-feira (16/8).
De acordo com o banco, as devoluções antecipadas ao Tesouro Nacional, que totalizaram R$ 72 bilhões, em 2022, tiveram forte impacto no resultado. “Nosso esforço é para deixar de transferir recursos do BNDES, na escala que foram transferidos para o Tesouro. Quem tem que desmamar é o Tesouro do BNDES”, disse o presidente da instituição estatal de fomento, Aloizio Mercadante, em entrevista a jornalistas.
Os desembolsos do BNDES, que representam os financiamentos para diferentes setores da economia, chegaram a R$ 40,6 bilhões no primeiro semestre de 2023. O total representou um crescimento de 21,6%, sobre o mesmo período do ano passado. Houve acréscimo em todos os setores, com crescimento nominal de 11% na indústria, 17% para a infraestrutura, 21% para o comércio e serviços, além de 54% para a agropecuária.
A carteira de crédito expandida, que inclui financiamentos, debêntures e outros ativos de crédito, ficou estável em R$ 479,1 bilhões, em 30 de junho de 2023, ante R$ 479,5 bilhões, em 31 de dezembro de 2022, representando 67% dos ativos totais. Já a inadimplência acima de 90 dias atingiu o menor valor da história. Oscilou de 0,13%, em 31 de dezembro de 2022, para 0,01%, em 30 de junho de 2023.