Light marca data de assembleia que pode eleger Tanure para o conselho
Mudanças devem beneficiar o empresário Nelson Tanure, que se tornou o maior acionista da Light. Reunião acontecerá no dia 18 de julho
atualizado
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A Light anunciou nesta quarta-feira (28/6) a data da assembleia geral extraordinária de acionistas que deve decidir sobre uma possível reformulação no Conselho de Administração da empresa.
A reunião acontecerá no dia 18 de julho, com início previsto para as 11 horas. Os acionistas devem deliberar sobre a troca de integrantes do colegiado e o eventual aumento do número de membros.
As alterações no conselho foram propostas pela WNT Gestora de Recursos, que se tornou a principal acionista da Light. A gestora indicou uma chapa que mantém cinco dos atuais sete integrantes do conselho e inclui quatro novos nomes. Entre eles, estaria o do empresário Nelson Tanure, ligado à WNT.
A empresa detém agora uma fatia de 21,8% do capital social da Light. Como noticiado pelo Metrópoles, Tanure passou a ter um percentual de participação na empresa maior que o do fundo Samambaia, de Ronaldo Cezar Coelho, que detém 20%, e que os 10% de Carlos Alberto Sicupira, da 3G Capital.
De acordo com informações do jornal O Globo, Tanure deve propor um aumento de capital de cerca de US$ 500 milhões na Light. Seu plano é capitalizar a companhia e apresentar um plano de reestruturação aos credores.
Crise na Light
A Light, que está em recuperação judicial, tem uma dívida total estimada em R$ 11 bilhões. A empresa distribui energia para 31 cidades do Estado do Rio de Janeiro.
O pedido de recuperação judicial, aceito pela Justiça, foi apresentado pela holding Light S.A., e não pela distribuidora Light Serviços de Eletricidade S.A. Segundo a legislação, concessionárias de serviços públicos de energia não podem recorrer à recuperação judicial ou extrajudicial.
A recuperação judicial é um processo que permite às organizações renegociarem suas dívidas, com o objetivo de evitar o encerramento das atividades, as demissões e a falta de pagamento aos funcionários.
Por meio desse instrumento, as empresas ficam desobrigadas de pagar aos credores por algum tempo, mas têm de apresentar um plano para acertar as contas e seguir em operação. Em linhas gerais, a recuperação judicial é uma tentativa de evitar a falência.