Light: credores criticam plano de recuperação judicial e criam impasse
Segundo nota divulgada pelo grupo, plano apresentado pela Light “transfere riqueza ao acionista, o que é ilegal, imoral e injusto”
atualizado
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O Grupo de Debenturistas da Light Sesa, composto por credores da companhia de energia, fez uma série de críticas ao plano de recuperação judicial apresentado pela empresa na sexta-feira (14/7).
Em nota, os credores alegam que “a lei proíbe as concessionárias de energia elétrica de se submeterem a uma recuperação judicial na forma pretendida pelo Grupo Light”.
O grupo diz representar mais de 3 milhões de investidores pessoa física, que teriam emprestado, por meio de fundos de investimentos ou diretamente, “R$ 5 bilhões para a melhoria dos serviços de fornecimento de energia elétrica no Rio de Janeiro”.
Segundo a nota divulgada pelo grupo, o plano apresentado pela Light à Justiça “transfere riqueza ao acionista, o que é ilegal, imoral e injusto”.
“Não há justificativa de proteger qualquer credor, inclusive pessoas físicas, pois restaram outros mais de 3 milhões reféns desse ato ilegal”, diz a nota do grupo de credores.
Segundo o texto, o plano de recuperação judicial defendido pela Light “inviabilizaria de forma permanente a capacidade do Grupo Light de se financiar no mercado, além de representar relevante incerteza sobre as diretrizes que regem os financiamentos de todo o setor elétrico brasileiro”.
O plano da Light
Como noticiado pelo Metrópoles, o novo plano de recuperação judicial da Light oferece seis opções de pagamento aos credores, considerando a pulverização das dívidas da companhia.
Há quatro opções para o recebimento integral dos créditos. O pagamento à vista para valores de até R$ 10 mil por CPF ou CNPJ é direcionado a cerca de 25 mil investidores que adquiriram debêntures (mais de 60% do total).