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Kabum e Magalu: o novo capítulo da guerra

Ex-donos do site de e-commerce afirmam que varejista cometeu crimes de calúnia e difamação em processo no qual foram demitidos da empresa

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Divulgação/Kabum
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1 de 1 imagem colorida irmaos criadores kabum leandro thiago ramos - Foto: Divulgação/Kabum

Os fundadores da plataforma de comércio eletrônico Kabum, Thiago e Leandro Ramos (foto em destaque), acusam o CEO do Magazine Luiza, Frederico Trajano, e mais três executivos da empresa de terem cometido crimes de calúnia e difamação ao demiti-los por justa causa do site de e-commerce. Embora tenham vendido o Kabum para o Magalu, em julho de 2021, os dois ocupavam cargos na administração na empresa até recentemente.

Agora, os irmãos Ramos querem que a varejista se retrate publicamente em 48 horas. Caso contrário, afirmam que vão ajuizar uma ação criminal contra os executivos. Ameaças e argumentos constam de uma interpelação enviada nos últimos dias pelos advogados dos Ramos a Trajano e aos demais componentes da cúpula do Magazine Luiza.

Na interpelação, os fundadores do site alegam que, “sem quaisquer provas”, “foram acusados de uma série de atos de improbidade” na carta de demissão. A “mais grave” delas seria a acusação de que teriam “realizado atos de ‘concorrência contra o seu empregador, notadamente, em razão de constituição e administração de empresa concorrente’”. Ou seja, os irmãos estariam sendo acusados de atuar em outra companhia do mesmo ramo, enquanto administravam o site.

Para os advogados dos fundadores do Kabum, tal acusação caracterizaria um crime de concorrência desleal. “Em outras palavras”, menciona a interpelação, “V. Sas. acusam os irmãos de terem cometido crime, passível de detenção em regime fechado, e que ofende gravemente a honra e mancha de maneira indelével a reputação” de ambos.

O Magazine Luiza manifestou-se por meio da seguinte nota: “Ao longo dos seus mais de 60 anos, o Magalu sempre pautou sua atuação na ética, na transparência e no respeito irrestrito à lei. Não foi diferente durante o processo de aquisição de mais de 20 empresas nos últimos anos, entre elas, o Kabum. Todas as decisões tomadas até aqui em relação ao Kabum e a seus fundadores seguem a lei e se baseiam exclusivamente em fatos, cujas evidências e provas serão apresentadas à Justiça, no momento oportuno”.

Desde fevereiro, os irmãos Thiago e Leandro Ramos contestam na Justiça o processo de venda do Kabum, por R$ 3,5 bilhões, em 2021, para o Magazine Luiza. Eles alegam que foram prejudicados pelo Itaú BBA e pelo próprio Magalu, no processo de negociação da venda do site, a maior plataforma de games e produtos de tecnologia da América Latina. Tanto o banco como a varejista contestaram essa versão.

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