Justiça obriga demitidos pelo Twitter a desistirem de ação coletiva
Ex-funcionários do Twitter só poderão reivindicar seus direitos, como indenizações, por meio de representações individuais
atualizado
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O Twitter obteve, na Justiça dos Estados Unidos, uma decisão favorável em um processo que envolvia funcionários demitidos pela companhia. Os trabalhadores só poderão reivindicar seus direitos, como indenizações, por meio de representações individuais e não por ações coletivas, como pretendiam.
Na sexta-feira (13/1), um tribunal federal de San Francisco decidiu que cinco funcionários demitidos pelo Twitter que entraram na Justiça conjuntamente contra a empresa são obrigados, de acordo com seus contratos, a passar por uma arbitragem, por meio da qual as ações são individuais.
Arbitragem é o julgamento de um litígio feito por um árbitro escolhido pelas partes. O objetivo é a resolução mais simples e rápida de conflitos, por meio de trâmites mais simplificados e informais do que em um processo jurisdicional convencional.
Vários trabalhadores optaram por não participar dos acordos de arbitragem, o que pode gerar um impasse. O juiz distrital James Donato informou que tratará desses casos mais adiante.
Segundo informações da Bloomberg, uma advogada que representa ex-funcionários do Twitter ingressou na Justiça com cerca de 500 reclamações em nome de seus clientes.
Desde outubro do ano passado, quando o bilionário Elon Musk comprou o Twitter, centenas de trabalhadores foram demitidos e entraram com ações contra a empresa.
No início de novembro, o Twitter demitiu cerca de metade de seus 7,5 mil funcionários – o escritório no Brasil foi afetado. Segundo estimativas do próprio Musk, a companhia vinha perdendo US$ 4 milhões por dia.
Musk viu sua fortuna despencar de US$ 340 bilhões para US$ 170 bilhões entre novembro de 2021 e novembro de 2022. Trata-se de uma perda de nada menos que R$ 900 bilhões em um ano, um mergulho inédito até mesmo para o clube dos bilionários.