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Justiça nega pedido do Safra contra recuperação judicial da Americanas

A desembargadora Leila Santos Lopes considerou improcedente o pedido do Safra para suspender a recuperação judicial da Americanas

atualizado

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1 de 1 Safra - Foto: Reprodução

A desembargadora Leila Santos Lopes, da 15ª Câmara Cível, considerou improcedente o pedido do Safra para que a recuperação judicial da Americanas fosse suspensa. Ontem (20/1), o banco ingressou com um agravo de instrumento na Justiça, para tentar garantir a execução de dívidas.

No pedido, o Safra argumentou que seria necessária uma auditoria para determinar a real situação da varejista, antes que o pedido de reestruturação fosse aceito.

O banco, que tem R$ 2 bilhões a receber da Americanas, afirmou ainda que a varejista deveria apresentar os três últimos balanços para que a recuperação judicial pudesse ser decretada.

No texto, a instituição também requereu a imediata suspensão, ou a ampliação do prazo para 24 horas, da ordem judicial de devolução de R$ 95 milhões em recursos da Americanas, retidos pelo banco.

Com a decisão desfavorável da 15ª Câmara Cível, volta a valer o parecer do juiz Paulo Assed Estefan, que aceitou o pedido de recuperação judicial da Americanas.

Na última quinta-feira (19/1), o juiz da 4ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro deu prazo de seis horas para os bancos Votorantim, Safra, Bradesco e Itaú restituírem valores da Americanas compensados a título de liquidação antecipada de dívidas.

Santander

Depois do BTG Pactual e do Safra, o Santander engrossou a lista de bancos que querem suspender a recuperação judicial da Americanas, em uma tentativa de reaver os empréstimos feitos ao longo dos últimos anos. O banco espanhol é o segundo maior credor financeiro da varejista, com uma dívida total de R$ 3,7 bilhões.

Em ação judicial protocolada ontem (23/1), o Santander pede, primeiro, a suspensão das proteções que a varejista recebeu no processo de recuperação judicial, como o congelamento de pagamentos de financiamentos anteriores ao pedido e prazo de 180 dias para renegociar o passivo, que chega a R$ 43 bilhões.

O banco quer também acesso a informações que possam comprovar eventuais condutas irregularidades de diretores, presidente e até dos acionistas de referência, os brasileiros Jorge Paulo Lemann, Beto Sicupira e Marcel Telles.

Com 31% das ações da Americanas, os bilionários foram os sócios majoritários da empresa até meados do ano passado, quando, na fusão da operação das Lojas Americanas com a B2W (dona das marcas Americanas.com, Submarino e Shoptime), o trio deixou a posição de controlador.

Dentre as informações requeridas pelo Santander está a troca de mensagens entre executivos da Americanas e os sócios de peso. A informação foi divulgada inicialmente pelo colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo.

 

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