Justiça manda que Microsoft libere acesso a e-mails da Americanas
Medida foi adotada a partir de pedido feito pelo Bradesco, um dos principais credores da varejista
atualizado
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A Justiça acatou o pedido do Bradesco para que a busca e a apreensão dos e-mails da cúpula da Americanas seja feita nos servidores da Microsoft, cuja sede fica em São Paulo. A solicitação, ajuizada pelo escritório Warde Advogados, é uma forma de evitar que a coleta dos documentos digitais seja protelada pela varejista.
A decisão foi comunicada na segunda-feira (6/2) pela juíza Andréa Galhardo Palma, da 2ª Vara Empresarial do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP). Em 26 de janeiro, ela havia autorizado a busca e apreensão dos e-mails trocados nos últimos dez anos por diretores e integrantes do conselho de administração da Americanas. A medida foi confirmada por liminar pelo TJSP.
Desta vez, a juíza deu prazo de três dias para que a Microsoft, provedora do servidor da Americanas, libere a retirada in loco dos arquivos digitais, que será feita por um perito da empresa Kroll.
A juíza estipulou ainda que seja enviado um ofício às empresas PwC e a KPMG, responsáveis pela análise dos balanços da varejista, para que elas preservem, sob pena de responsabilização, “toda a correspondência física e eletrônica que se relacione às auditorias realizadas nos últimos dez anos”.
Na mesma decisão, a Justiça concedeu o prazo de 48 horas para que a Americanas “franqueie espontaneamente acesso ao perito”, para que “todos os documentos solicitados nos autos sejam devidamente extraídos”.