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Juros a 13,75% ao ano são “excrescência”, dispara Lula na Fiesp

Em seminário da Fiesp, Lula voltou a subir o tom contra a taxa de juros definida pelo Banco Central: “É uma excrescência para este país”

atualizado

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Lula discursa durante reunião aberta em que recebe relatórios
1 de 1 Lula discursa durante reunião aberta em que recebe relatórios - Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a subir o tom contra a taxa básica de juros (Selic) em 13,75% ao ano. Em discurso no encerramento de um seminário promovido pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), no início da noite desta quinta-feira (25/5), Lula classificou como “excrescência” a Selic nesse patamar.

“Eu já fiz críticas, mas neste país, em que o mercado financeiro tomou conta no lugar da indústria, um presidente da República não pode nem criticar o Banco Central porque ele está interferindo na economia”, ironizou Lula.

“Eu quero dizer aqui na Fiesp: é uma excrescência, nos dias de hoje, a taxa de juros ser 13,75%. É uma excrescência para este país. O país não merece isso.”

Durante todo o dia, as críticas à elevada taxa de juros foram a tônica do seminário na Fiesp. Os presidentes da entidade, Josué Gomes da Silva, e do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, além dos ministros da Fazenda, Fernando Haddad, e da Indústria, Geraldo Alckmin, pediram a queda dos juros no país.

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De origem simples, Lula se mudou para São Paulo com a família quando ainda era criança. Na infância, trabalhou como vendedor de frutas e engraxate
Mais tarde, tornou-se auxiliar de escritório, foi aluno do curso de tornearia mecânica no Senai e, tempos depois, passou a trabalhar em uma siderúrgica que produzia parafusos, onde perdeu o dedo mínimo da mão esquerda
Em 1966, Lula começou a trabalhar em uma empresa metalúrgica. Em 1968, filiou-se ao Sindicado de Metalúrgicos de São Bernardo do Campo e Diadema e, em 1969, foi eleito para a diretoria do sindicato da categoria
Durante a ditadura militar, liderou a greve dos metalúrgicos e foi preso, cassado e processado com base na lei vigente à época. Foi justamente nesse período que a ideia de fundar o Partido dos Trabalhadores surgiu
Para formar a sigla, juntou representantes de movimento sindicais, sociais, católicos e intelectuais. Lula se tornou o primeiro presidente do PT. Durante a redemocratização, foi um dos principais nomes do Diretas Já, e no mesmo período, iniciou a carreira política
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Luiz Inácio Lula da Silva, nascido em 1945, é um ex-metalúrgico, ex-sindicalista e político brasileiro. Natural de Caetés, no Pernambuco, foi o 35º presidente do Brasil

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De origem simples, Lula se mudou para São Paulo com a família quando ainda era criança. Na infância, trabalhou como vendedor de frutas e engraxate

Rafaela Felicciano/Metrópoles
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Mais tarde, tornou-se auxiliar de escritório, foi aluno do curso de tornearia mecânica no Senai e, tempos depois, passou a trabalhar em uma siderúrgica que produzia parafusos, onde perdeu o dedo mínimo da mão esquerda

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Em 1966, Lula começou a trabalhar em uma empresa metalúrgica. Em 1968, filiou-se ao Sindicado de Metalúrgicos de São Bernardo do Campo e Diadema e, em 1969, foi eleito para a diretoria do sindicato da categoria

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Durante a ditadura militar, liderou a greve dos metalúrgicos e foi preso, cassado e processado com base na lei vigente à época. Foi justamente nesse período que a ideia de fundar o Partido dos Trabalhadores surgiu

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Para formar a sigla, juntou representantes de movimento sindicais, sociais, católicos e intelectuais. Lula se tornou o primeiro presidente do PT. Durante a redemocratização, foi um dos principais nomes do Diretas Já, e no mesmo período, iniciou a carreira política

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Em 1986, foi eleito deputado federal por São Paulo e, em 1989, concorreu pela primeira vez para presidente. Perdeu para Fernando Collor. Lula disputou o Palácio do Planalto outras duas vezes até ser eleito, em 2002

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Cumprindo o primeiro mandato, foi reeleito em 2006, após disputa com Geraldo Alckmin, e permaneceu como presidente até 31 de dezembro de 2010

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Durante o período em que foi chefe de Estado, ficou conhecido pelos programas sociais Fome Zero e Bolsa Família, pelos planos de combate à pobreza e pelas reformas econômicas que aumentaram o PIB brasileiro. No exterior, Lula foi considerado um dos políticos mais populares do Brasil e um dos presidentes mais respeitados do mundo

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Após passar a faixa presidencial para Dilma Rousseff, Lula começou a realizar palestras nacionais e internacionais. Em 2016, foi nomeado por Dilma para comandar a Casa Civil, mas foi impedido de exercer a função pelo STF

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Em 2017, Lula foi condenado pelo então juiz Sergio Moro por lavagem de dinheiro e corrupção, resultado da Operação que ficou conhecida como Lava Jato. A sentença levou Lula à prisão até 2019, quando ele foi solto após o STF decidir que ele só deveria cumprir pena depois do trânsito em julgado da sentença

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Em 2021, o Supremo declarou que Sergio Moro foi parcial nos julgamentos e, consequentemente, todos os atos processuais foram anulados. Lula tornou-se elegível outra vez e, tempos depois, confirmou a intenção de se candidatar novamente ao Planalto

Reprodução

 

Indústria automobilística

Em seu pronunciamento, Lula também falou sobre as medidas anunciadas mais cedo pelo governo para reduzir os impostos do setor automotivo, o que pode baixar os preços dos carros populares.

“Nós sabemos que 60% dos carros vendidos no ano passado foram vendidos à vista porque não tem política de crédito para financiar. A classe baixa não está comprando carro”, afirmou Lula.

“Nós esperamos fazer uma política industrial ativa e altiva. Uma política industrial competitiva e moderna que leve em conta os avanços tecnológicos, mas que leve em conta também que, para ter uma indústria forte, é preciso ter trabalhadores fortes ganhando salários justos e podendo ser consumidores”, prosseguiu o presidente.

Agronegócio

Ainda no campo econômico, Lula fez um aceno ao agronegócio e destacou a importância estratégica do setor para o crescimento do país. Há forte resistência ao petista e ao governo em amplos segmentos do agro.

“A gente quer que o nosso agronegócio continue crescendo. É importante termos em conta que o Brasil precisa também ser exportador de grãos, de carne, e isso não atrapalha a indústria”, afirmou Lula. “Até porque, para o agronegócio ser mais produtivo, vai ter que comprar mais máquinas e ter mais acesso à tecnologia.”

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Seminário da Fiesp discutiu o setor industrial brasileiro
Encerramento do evento com Lula foi nesta quinta-feira (25)5
Lula, Geraldo Alckmin, Rodrigo Pacheco e Fernando Haddad participaram do encerramento
Lula falando na Fiesp
Discurso de Lula foi duro contra o Banco Central
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Lula participa do encerramento de seminário na Fiesp

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Seminário da Fiesp discutiu o setor industrial brasileiro

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Encerramento do evento com Lula foi nesta quinta-feira (25)5

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Discurso de Lula foi duro contra o Banco Central

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