“Eu já fiz críticas, mas neste país, em que o mercado financeiro tomou conta no lugar da indústria, um presidente da República não pode nem criticar o Banco Central porque ele está interferindo na economia”, ironizou Lula.
“Eu quero dizer aqui na Fiesp: é uma excrescência, nos dias de hoje, a taxa de juros ser 13,75%. É uma excrescência para este país. O país não merece isso.”
Durante todo o dia, as críticas à elevada taxa de juros foram a tônica do seminário na Fiesp. Os presidentes da entidade, Josué Gomes da Silva, e do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, além dos ministros da Fazenda, Fernando Haddad, e da Indústria, Geraldo Alckmin, pediram a queda dos juros no país.
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Luiz Inácio Lula da Silva, nascido em 1945, é um ex-metalúrgico, ex-sindicalista e político brasileiro. Natural de Caetés, no Pernambuco, foi o 35º presidente do Brasil
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De origem simples, Lula se mudou para São Paulo com a família quando ainda era criança. Na infância, trabalhou como vendedor de frutas e engraxate
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Mais tarde, tornou-se auxiliar de escritório, foi aluno do curso de tornearia mecânica no Senai e, tempos depois, passou a trabalhar em uma siderúrgica que produzia parafusos, onde perdeu o dedo mínimo da mão esquerda
Fábio Vieira/Metrópoles
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Em 1966, Lula começou a trabalhar em uma empresa metalúrgica. Em 1968, filiou-se ao Sindicado de Metalúrgicos de São Bernardo do Campo e Diadema e, em 1969, foi eleito para a diretoria do sindicato da categoria
Fábio Vieira/Metrópoles
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Durante a ditadura militar, liderou a greve dos metalúrgicos e foi preso, cassado e processado com base na lei vigente à época. Foi justamente nesse período que a ideia de fundar o Partido dos Trabalhadores surgiu
Ricardo Stuckert
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Para formar a sigla, juntou representantes de movimento sindicais, sociais, católicos e intelectuais. Lula se tornou o primeiro presidente do PT. Durante a redemocratização, foi um dos principais nomes do Diretas Já, e no mesmo período, iniciou a carreira política
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Em 1986, foi eleito deputado federal por São Paulo e, em 1989, concorreu pela primeira vez para presidente. Perdeu para Fernando Collor. Lula disputou o Palácio do Planalto outras duas vezes até ser eleito, em 2002
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Cumprindo o primeiro mandato, foi reeleito em 2006, após disputa com Geraldo Alckmin, e permaneceu como presidente até 31 de dezembro de 2010
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Durante o período em que foi chefe de Estado, ficou conhecido pelos programas sociais Fome Zero e Bolsa Família, pelos planos de combate à pobreza e pelas reformas econômicas que aumentaram o PIB brasileiro. No exterior, Lula foi considerado um dos políticos mais populares do Brasil e um dos presidentes mais respeitados do mundo
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Após passar a faixa presidencial para Dilma Rousseff, Lula começou a realizar palestras nacionais e internacionais. Em 2016, foi nomeado por Dilma para comandar a Casa Civil, mas foi impedido de exercer a função pelo STF
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Em 2017, Lula foi condenado pelo então juiz Sergio Moro por lavagem de dinheiro e corrupção, resultado da Operação que ficou conhecida como Lava Jato. A sentença levou Lula à prisão até 2019, quando ele foi solto após o STF decidir que ele só deveria cumprir pena depois do trânsito em julgado da sentença
Fábio Vieira/Metrópoles
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Em 2021, o Supremo declarou que Sergio Moro foi parcial nos julgamentos e, consequentemente, todos os atos processuais foram anulados. Lula tornou-se elegível outra vez e, tempos depois, confirmou a intenção de se candidatar novamente ao Planalto
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Indústria automobilística
Em seu pronunciamento, Lula também falou sobre as medidas anunciadas mais cedo pelo governo para reduzir os impostos do setor automotivo, o que pode baixar os preços dos carros populares.
“Nós sabemos que 60% dos carros vendidos no ano passado foram vendidos à vista porque não tem política de crédito para financiar. A classe baixa não está comprando carro”, afirmou Lula.
“Nós esperamos fazer uma política industrial ativa e altiva. Uma política industrial competitiva e moderna que leve em conta os avanços tecnológicos, mas que leve em conta também que, para ter uma indústria forte, é preciso ter trabalhadores fortes ganhando salários justos e podendo ser consumidores”, prosseguiu o presidente.
Agronegócio
Ainda no campo econômico, Lula fez um aceno ao agronegócio e destacou a importância estratégica do setor para o crescimento do país. Há forte resistência ao petista e ao governo em amplos segmentos do agro.
“A gente quer que o nosso agronegócio continue crescendo. É importante termos em conta que o Brasil precisa também ser exportador de grãos, de carne, e isso não atrapalha a indústria”, afirmou Lula. “Até porque, para o agronegócio ser mais produtivo, vai ter que comprar mais máquinas e ter mais acesso à tecnologia.”
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Lula participa do encerramento de seminário na Fiesp
Reprodução/YT Fiesp
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Seminário da Fiesp discutiu o setor industrial brasileiro
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Encerramento do evento com Lula foi nesta quinta-feira (25)5
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Lula, Geraldo Alckmin, Rodrigo Pacheco e Fernando Haddad participaram do encerramento
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Lula falando na Fiesp
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Discurso de Lula foi duro contra o Banco Central
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